ÚLTIMA HORA: 17 casos de covid-19 detectados no Benfica
O Benfica detectou 17 novos casos de covid-19 entre jogadores, equipa técnica e ‘staff’ no decurso dos testes realizados desde sábado e aguarda agora uma decisão da Direcção-Geral da Saúde relativamente à participação da equipa nas competições de futebol.
O Benfica tem agendada para hoje a meia-final da Taça da Liga de futebol frente ao Sporting de Braga.
Entretanto, uma sucessão de polémicas entre os quatro semifinalistas da Taça da Liga de futebol, motivada por casos positivos de covid-19 e, mais especificamente, pelos “falsos positivos” no Sporting, ameaça a ‘final four’ da competição, que arrancou ontem em Leiria.
Os ‘verdes e brancos’ anunciaram que, afinal, Nuno Mendes e Sporar tinham tido “falsos positivos” nos testes de detecção do novo coronavírus, o que não convenceu o FC Porto, que acusou o adversário de estar a preparar um “atentado à saúde pública”, ameaçando mesmo não disputar a ‘final four’, críticas a que se juntou também o detentor do título, Sporting de Braga.
Já ontem, o Benfica, que joga hoje com os minhotos o acesso à final, anunciou ter detectado 17 novos casos positivos entre plantel, equipa técnica e outro ‘staff’, nos testes realizados desde sábado.
Este número elevado levou a que os ‘encarnados’, “na defesa da saúde pública e da integridade física dos atletas envolvidos”, tenham remetido para a Direcção-Geral da Saúde (DGS) a decisão de poder jogar ou não.
Segundo o comunicado das ‘águias’, está em causa não só a participação na Taça da Liga como qualquer participação em jogos durante 14 dias.
Por seu lado, na meia-final de ontem, a disponibilidade de Nuno Mendes e Sporar está no centro de um ‘turbilhão’ de acusações, denúncias e ameaças de falta de comparência.
Os ‘verdes e brancos’ responderam, acusando os ‘portistas’ de estarem a fazer uma pressão “absolutamente inaceitável” junto das “autoridades de saúde e da Liga” para que a dupla falhe o encontro, pedindo que os ‘dragões’ sejam punidos pelas acusações que fizeram.
Assim, e depois de, segundo o Sporting, os dois jogadores terem tido testes PCR positivos, foram realizados dois outros testes, “em laboratórios de referência”, ambos negativos, tendo o clube, após saber dos resultados, contactado as autoridades de saúde, que autorizaram a reintegração dos atletas.
As acusações do FC Porto assentam na descrença de que os testes possam ter indicado falsos positivos para ambos os jogadores, que testaram positivo há quatro dias e falharam o jogo com o Rio Ave (1-1).
Segundo a nota do campeão nacional, há uma “antecipação em seis dias do fim do isolamento” obrigatório dos atletas, o que constitui “um crime público” que é “inaceitável” dada a actual situação pandémica, atirando-se ainda ao líder ‘verde e branco’: “é ainda mais incompreensível por ser cometido por um clube presidido por um médico”.
Assim, e ainda antes de a bola rolar, as duas equipas têm ‘chutado’ acusações para o campo de uma e outra, com Sporting a pedir que o FC Porto seja punido por estas declarações e os ‘dragões’ a anunciarem terem denunciado a situação “à Liga e à Direcção-Geral da Saúde”, bem como “à Ordem dos Médicos”.
Já ontem, também o Braga criticou os lisboetas, manifestando-se “indignado pela intenção do Sporting em ter tratamento de excepção”.
© Luso-Americano/Agência Lusa