UNIVERSIDADE AUSTRALIANA: Cafeína em excesso aumenta risco de osteoporose
Uma equipa de investigadores da University of South Australia descobriu que o excesso de cafeína pode estar relacionado a um aumento do risco de osteoporose.
A investigação mostrou que altas doses de cafeína (800 mg) consumidas num período de seis horas quase dobraram a quantidade de cálcio perdida na urina.
A osteoporose é uma doença crónica, dolorosa e debilitante que torna os ossos menos densos e mais susceptíveis a fracturas.
É mais comum em mulheres, e ocorre quando os ossos perdem cálcio e outros minerais mais rápido do que o corpo o pode repor.
Trata-se do primeiro estudo que investigou os efeitos do café sobre como os rins regulam o cálcio no corpo, e a mostrar o impacto da ingestão de cafeína em altas doses e em curto período na depuração renal de cálcio, sódio e creatinina em adultos saudáveis.
A investigadora Hayley Schultz da University of South Australia referiu que com o surgimento de uma crescente “cultura do café”, é importante que as pessoas entendam os impactos do que estão a colocar nos seus corpos.
“A cafeína é uma das drogas recreativas mais amplamente usadas no mundo, com 80% dos adultos a consumir pelo menos uma bebida com cafeína por dia”, referiu Hayley Schultz.
O café “é um estimulante comum, consumido por profissionais, pais, trabalhadores de turnos e adolescentes no início do dia e para ficar alerta – até os militares usam cafeína para ajudar a combater a sonolência” indicou a investigadora.
“Mas, embora o café tenha as suas vantagens, também é importante reconhecer os seus efeitos colaterais – um deles é como nossos rins lidam com o cálcio”.
“A nossa investigação descobriu que pessoas que consomem 800 mg de cafeína em um dia normal de trabalho terão um aumento de 77% no cálcio na urina, criando uma deficiência potencial que pode afectar seus ossos”, concluiu a investigadora.