Viana do Castelo: Gil Eannes volta aos estaleiros para manutenção
O navio-museu Gil Eannes, atracado na doca comercial de Viana do Castelo, voltou na quarta-feira ao cais do Bugio, nos estaleiros navais da cidade, que o construíram em 1955, para manutenção do casco e dos mastros.
João Lomba da Costa, da Fundação Gil Eannes, entidade que gere o navio-museu, adiantou à agência Lusa que a intervenção, com uma duração prevista de três semanas, tem orçamento estimado entre os 100 e os 150 mil euros.
O responsável adiantou que o investimento vai ser suportado pelas receitas geradas com as visitas ao navio-museu e destacou que “muito trabalho é ‘pro bono’”, disponibilizado pelos parceiros da fundação.
Em Janeiro de 2023, aquando das celebrações dos 25 anos do regresso a Viana do Castelo, depois de ter sido resgatado da sucata, o navio-museu Gil Eannes tinha recebido mais de 1,2 milhões de visitas.
A operação de manutenção, realizada de 10 em 10 anos, pretende responder “às exigências legais, em termos de certificados, entre outros de segurança”.
A 15.ª construção dos extintos Estaleiros Navais de Viana do Castelo “começou em Dezembro de 1952, a flutuação em Março de 1995 e a entrega ao armador no dia 3 de Maio, tendo um custo de 32.768 contos, mais 8.322 contos do que o montante que constava do contrato inicial”.
Em 1955, quando integrou a frota bacalhoeira, prestava assistência a 70 navios e a cerca de 4.900 homens.
O regresso do Gil Eannes à capital do Alto Minho aconteceu a 31 de Janeiro de 1997 e abriu portas como navio-museu, gerido pela fundação, de iniciativa municipal, em Agosto de 1998.