Viana resgatou navio Gil Eannes da sucata há 23 anos
Navio esteve ligado à vida de milhares de portugueses que trabalharam na pesca do bacalhau, muito deles a residir actualmente nos Estados Unidos
O antigo navio-hospital da frota bacalhoeira, Gil Eannes, foi resgatado da sucata há 23 anos para ser transformado em museu flutuante na cidade de Viana do Castelo.
A embarcação esteve para ser abatida num sucateiro de Alhos Vedros, mas a Câmara Municipal de Viana, na altura presidida por Defensor Moura, lançou-se com êxito numa missão de resgate, que permitiu angariar cerca de 250 mil euros para a sua compra.
A 31 de Janeiro de 1998, o navio chegou a Viana do Castelo. Começou a ser recuperado e atualmente é o mais visitado da cidade e região. Já superou um milhão de visitantes. E em 2020, apesar da pandemia, recebeu 40.427.
No passado dia 31 de Janeiro, a Fundação Gil Eannes assinalou, através de meios digitais, os 23 anos da sua chegada a Viana. Segundo comunicado divulgado, esta sexta-feira, pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, um filme promocional e mensagens alusivas à data serão publicadas nas redes sociais.
O Gil Eannes foi construído nos Estaleiros de Viana do Castelo em 1955, tendo como missão apoiar a frota bacalhoeira portuguesa nos mares da Terra Nova e Gronelândia. A sua principal função foi prestar assistência hospitalar aos pescadores e tripulantes da frota bacalhoeira mas também foi navio capitania, navio correio, navio rebocador, garantindo abastecimento de mantimentos, redes, isco e combustível aos navios da pesca do bacalhau.
Ficou, durante anos, abandonado no cais do porto de Lisboa, até ser vendido a um sucateiro para abate em 1997.
Após resgate e início de obras de restauro abriu como navio-museu no ano seguinte.