Vice-Presidente afirma que ”devemos estar assustados” com a eventual victória de Donald Trump nas presidenciais deste ano
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, admitiu estar “muito assustada, como todos devem estar”, com a possibilidade de Donald Trump vencer as próximas eleições presidenciais, pelo que apelou a uma campanha agressiva para evitar isso.
O comentário foi feito na quarta-feira, no programa “The View”, transmitido no canal televisivo ABC, em resposta a Joy Behar, um dos animadores do programa.
Este citou relatórios que indicam que outros dirigentes democratas, incluindo o antigo presidente Barack Obama, estão preocupados com a campanha para a reeleição do presidente Joe Biden.
Questionada sobre se estava preocupada com a possibilidade de outra Presidência Trump, Kamala Harris respondeu: “Estou muito assustada. É a razão pela qual ando a viajar pelo nosso país. Como sabe, há um ditado que diz que só há duas maneiras de concorrer a um cargo ou sem um opositor ou assustado. Portanto, sim, todos devemos estar assustados”.
Harris avançou que o medo deve servir como motivação para a campanha que se aproxima.
“Quando estamos assustados com o futuro das nossas crianças, podemos ficar na cama debaixo dos cobertores?”, perguntou, para responder de imediato: “Não, não podemos”.
E insistiu: “Temos de ganhar a reeleição. Não é questão. Temos de ir para a estrada”.
A vice-presidente tem prevista a participação em vários eventos sobre o tema aborto, no Estado do Wisconsin, que é um dos estados considerados chave para o desfecho final das eleições à presidência.
Uma antiga assessora de Donald Trump, Alyssa Griffin, que se tornou crítica deste, questionou Harris sobre a razão pela qual Joe Biden está com dificuldade em algumas sondagens.
“O que significa que o partido [democrata] está a concorrer com um homem incapaz, que provavelmente vai acabar por ir para a prisão?”, interrogou Griffin, que também é uma das animadoras que participa no programa televisivo.
Harris sugeriu que os eleitores não têm estado a prestar atenção à política, mas que “estão agora a dar mais atenção ao significado desta eleição”.
Referiu, a propósito, uma escolha entre “competência versus caos”, bem como uma batalha pelo futuro da democracia nos EUA.
“Acredito que o povo americano vai votar a favor do que é o melhor para o futuro do seu país e, em particular, dos seus filhos”, acrescentou.