🇺🇸ESPECIAL | 4 DE JULHO: VICTOR REIS, DE NOVA IORQUE, SERVE A NAÇÃO A BORDO DA FRAGATA USS VELLA GULF
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Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO
É a bordo da fragata USS Vella Gulf, da marinha norte-americana, que Victor Emanuel Barão Reis cumpre o serviço militar que abraça por iniciativa própria desde 2017. Presentemente colocado no Médio Oriente, na região de Bahrein, o luso-descendente faz parte da equipa de 30 oficiais e 300 marinheiros que mantêm operacional o navio multi-missão, capaz de operações de combate sustentadas em ambientes anti-aéreos, antissubmarinos e anti-superfície.
O oficial subalterno de 3.ª classe, filho de pai natural da Lourinhã e de mãe lisboeta, alistou-se voluntariamente na Marinha há quatro anos, logo após ter terminado o liceu em Yorktown Heights, no estado de Nova Iorque, onde, aliás, nasceu. Meses depois, estava em Great Lakes, Chicago, para a recruta e a especialização em engenharia mecânica de turbina a gás. Ainda passaria por Norfolk, Virgínia, antes da partida para Bahrein, no início deste ano.
“O Victor pretende seguir carreira militar e tem demonstrado aptidões para a aeronáutica”, afirma seu pai, Luís Reis, em declarações ao jornal LUSO-AMERICANO. “Talvez um pouco por influência de minha parte, porque quer o meu irmão mais velho, coronel reformado, e eu próprio, ambos fomos pilotos de helicópteros – ele na Guiné, de 70 a 72, e eu em Angola, de 74 a 75.”
O jovem luso-descendente, além de escoteiro, jogou sempre beisebol – incluindo no liceu, onde era conhecido como ‘Victor, the Hit Machine’. Desde os 8 anos que toca guitarra eléctrica, com aulas semanais até à ida para a marinha. Na BOCES, tirou Arquitectura e Design durante o 11.º e o 12.º anos.
O trabalho nunca o assustou “e desde os 13 anos que me ajudou a entregar vinhos, até mesmo à entrada no serviço militar”, acrescenta o pai, referindo-se à sua actividade profissional.
Há dias, Luís Reis recebeu uma mensagem do Victor. “Boa tarde, pai”, começava por dizer. “É oficial, estamos de volta a casa. Só mais quatro semanas e estamos aí…”.
O marinheiro garante ainda ao pai que o inclui sempre nas suas orações, tal como a mãe, a irmã Alda e o falecido cão de família, Rex.
Quando teve de escolher uma citação para o livro do liceu no ano em que foi finalista, o luso-descendente Victor Reis optou por uma frase do senador John McCain, que diz também muito do seu carácter: “Somos ensinados a entender, correctamente, que a coragem não é a ausência de medo, mas a capacidade de acção, apesar dos nossos medos.”
Ao Victor, neste 4 de Julho, resta-nos agradecer o seu serviço à nação e, sim, a coragem e a rectidão, que tanto vai faltando por aí…