CRISE NO IRÃO: Denunciado aumento de condenações à morte
A Amnistia Internacional (AI) denunciou nesta semana um aumento das condenações à pena de morte no Irão visando reprimir os protestos populares que há cerca de 2 meses assolam a República Islâmica e apelou à suspensão das sentenças.
. Repressão:
Num comunicado enviado à agência Lusa, intitulado “Uso arrepiante da pena de morte para reprimir ainda mais brutalmente a revolta popular”, a organização de defesa e promoção dos direitos humanos, com sede em Londres, dá conta de uma análise pormenorizada sobre os casos de 21 manifestantes detidos os quais correm o risco de serem condenados à morte após “julgamentos fraudulentos em Tribunais Revolucionários”.
. Aceleração de julgamentos:
As autoridades iranianas vêm, nas últimas semanas, pressionando mais o sistema judicial no país, apelando a “julgamentos rápidos e a execuções públicas”, em que a pena de morte tem sido utilizada como “instrumento de repressão política, uma nova forma de intimidação e repressão”, cita a AI.
A entidade humanitária demonstrou preocupação com a possibilidade de que “muitos outros (indivíduos) corram o risco de vir a enfrentar a pena capital”, uma vez que são “milhares” as pessoas presas e o número de acusações emitidas pelas autoridades.
“Uma declaração par- lamentar de 227 dos 290 deputados iranianos apelou ao poder judicial para ‘não mostrar clemência ’ aos manifestantes”.