Procurador-Geral nomeia procurador especial para caso do filho de Joe Biden
O Procurador-Geral Merrick Garland anunciou na sexta-feira (11) a nomeação de um procurador especial para o caso de Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden para aprofundar a investigação antes das eleições presidenciais de 2024. Garland disse que nomeia para essa função David Weiss, o procurador federal em Delaware que tem estado a investigar as transacções financeiras e comerciais do filho do presidente.
Na terça-feira (8), Garland indicou que Weiss lhe tinha dito que “na sua opinião, a sua investigação tinha alcançado um ponto em que ele deveria continuar o trabalho como Procurador Especial e pediu para ser nomeado como tal”.
Hunter Biden é acusado de não ter declarado correctamente seus impostos em 2017 e 2018 e também foi acusado de um crime relacionado a posse de arma de fogo, o que é ilegal quando se trata de uma pessoa com vícios.
“O anúncio dá aos promotores, agentes e analistas que trabalham nessa questão a capacidade de fazer seu trabalho com agilidade e tomar decisões indiscutivelmente guiadas apenas pelos factos e pela lei”, ressaltou Garland.
. Caso usado como “arma política” por oponentes:
Políticos do Partido Republicano, inclusive o ex-presidente Donald Trump, usaram a investigação para lançar dúvidas sobre negócios de Hunter no exterior e para retratar a família do presidente como corrupta, além de sugerir que há protecção ao filho de Biden.
Após a conclusão de seu trabalho, Weiss deverá fornecer a Garland “um relatório explicando as decisões de acusação ou arquivamento a que chegou”.
“Estou comprometido em tornar público o máximo possível de seu relatório, de acordo com as exigências legais e a política do departamento”, disse Garland, que insistiu que o gabinete do procurador-geral dos EUA “está comprometido tanto com a independência quanto com a responsabilidade em assuntos particularmente sensíveis”.
. Mudanças no caso:
Nas últimas semanas, esperava-se que Hunter Biden chegasse a um acordo de admissão de culpa com promotores federais, o que acabou não acontecendo depois que a juíza encarregada do caso e que deve proferir a sentença, Maryellen Noreika, nomeada por Trump, expressou dúvidas a respeito.
Pelo acordo, o filho do presidente poderia ter evitado um processo sob algumas condições, mas em uma audiência judicial cheia de interrupções e reviravoltas, Hunter Bi- den decidiu não assinar o acordo e se declarar inocente.
. Administração adiantou que não interferirá no resultado do caso:
A Casa Branca disse um dia depois que o presidente não usará seu poder para perdoar Hunter, se ele for condenado.