SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE: Presidente defende pacto de regime

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu segunda-feira um pacto de regime entre os maiores partidos na área da saúde, considerando que “é mesmo fundamental” existir estabilidade e “continuidade política” no futuro.

“Pacto de regime no sentido de haver uma continuidade política. Isso era fundamental”, afirmou, em declarações à SIC-Notícias em Monte Gordo (Algarve), onde está a gozar um curto período de férias.

Marcelo Rebelo de Sousa indicou que “o Governo anterior não tinha começado ainda a aplicar a reforma que pretendia no modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde, havia lugares para preencher, tudo isso se passaria em 2024” e assinalou que “o novo Governo mudou algumas políticas, mudou a forma de gestão, os responsáveis mudaram”.

O chefe de Estado considerou depois que “haver uma estabilidade para o futuro é útil” e “no Serviço Nacional de Saúde é mesmo fundamental”.

A proposta de um acordo de regime entre PSD e PS na saúde foi deixada no domingo à noite pelo comentador da SIC e antigo líder social-democrata, Luís Marques Mendes.

No que toca ao “imediato, o urgente”, o Presidente da República sustentou que “há medidas que são fáceis de aplicar e há outras que são mais lentas”, considerando que é importante “continuar o tipo de acompanhamento que o Governo está a fazer da execução do plano de emergência”.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “as operações ao cancro não foram fáceis, mas foram rápidas e eficientes e funcionaram a recuperação da lista de espera”, mas “as urgências de obstetrícia são mais complicadas, têm mais problemas de fundo e há outros pontos importantes que exigem não uma semana, duas semanas, mas meses ou até um ano”.

Falando com a praia como pano de fundo, o Presidente da República foi questionado também sobre o que espera por parte dos partidos para os próximos meses e disse que “gostaria que houvesse uma abertura à negociação do Orçamento de Estado”.

“Era positivo, sobretudo dos principais partidos políticos. Significava que estes meses que faltam até Outubro/Novembro eram meses em que, para além das divergências existentes, havia um objectivo comum, que é estabilizar financeiramente, economicamente e politicamente o país”, defendeu.