LIGA DOS CAMPEÕES: Sporting ‘verga’ City na despedida perfeita de Amorim em Alvalade
O Sporting ‘vergou’ ontem os ingleses do Manchester City, por 4-1, com um ‘hat-trick’ do inevitável Gyökeres a marcar a despedida perfeita de Rúben Amorim de Alvalade, numa das mais gloriosas noites europeias dos lisboetas.
Foden, aos quatro minutos, colocou os ‘citizens’ em vantagem, mas um ‘hat-trick’ de Gyökeres, aos 38, 49 e 81 – os dois últimos de grande penalidade – e Maxi Araújo, aos 46, ‘viraram’ o resultado e causaram o terceiro desaire seguido ao Manchester City, o primeiro por três golos de diferença desde o 5-2 sofrido frente ao Leicester, em 2020.
O Sporting soma assim 10 pontos, em 12 possíveis, após quatro rondas da fase de liga da Liga dos Campeões, mantendo-se imparável nesta fase inicial da época e tendo já a garantia de que continua em lugar de apuramento direto, ao contrário do Manchester City, que se mantém com sete pontos e desce na tabela classificativa da ‘Champions’.
Rúben Amorim, que cumpriu o penúltimo encontro no comando técnico do Sporting, rumando ao Manchester United (grande rival do adversário de ontem) a partir do dia 11 de novembro, foi homenageado no início e, já no final da partida, foi com a equipa dar uma ‘volta olímpica’ ao estádio e acabou a ser erguido aos céus pelos seus jogadores.
Matheus Reis e Morita renderam Gonçalo Inácio e Daniel Bragança na equipa titular do Sporting, enquanto Pep Guardiola surpreendeu ao colocar o jovem Simpson-Pusey na defesa, assim como Rico Lewis e Savinho, nos lugares de Kyle Walker, Aké e Gundogan.
Um erro grave de Morita, a perder a bola em zona proibida, ofereceu um madrugador golo ao Manchester City, aos quatro minutos, com Foden a ‘roubar’ a bola ao japonês e a desferir um remate forte, num lance em que Franco Israel deveria ter feito melhor entre os postes.
De forma inacreditável, Gyökeres desperdiçou uma soberana oportunidade de igualar a partida, aos oito, quando, completamente isolado perante Ederson, optou por ‘picar’ a bola numa tentativa de ‘chapéu’, ao contrário do habitual, com o plano a sair furado.
O guarda-redes brasileiro, ex-Benfica, não se deixou enganar pelo sueco no único lance de perigo dos ‘leões’ na primeira meia-hora, período no qual, do outro lado do campo, Haaland somava tentativas, mas Franco Israel, a sua pontaria e Gyökeres travaram-no.
A defesa sportinguista, salvo alguns calafrios, foi conseguindo aguentar a forte pressão alta exercida pelos ‘citizens’ e, com o jogo perto do intervalo, Gyökeres mostrou que não falha duas vezes seguidas, voltando a ‘picar’ a bola, desta vez com sucesso, aos 38.
As bancadas de Alvalade animaram, e de que maneira, com a equipa ‘leonina’ também a galvanizar-se dentro de campo, o que se revelou letal no reatamento, quando foram só precisos 22 segundos para o Sporting operar a reviravolta, através de Maxi Araújo.
Numa fantástica jogada coletiva, o uruguaio desmarcou-se entre os centrais contrários e bateu Ederson, com o Manchester City a nem ter tempo de se refazer, uma vez que, logo depois, Trincão foi derrubado na área por Gvardiol e houve penálti para os ‘leões’.
Da marca dos 11 metros, a ‘máquina’ sueca Gyökeres fez o 3-1, o que levou Alvalade ao êxtase, aumentado ainda mais quando a ‘máquina’ norueguesa Haaland, no duelo escandinavo de goleadores, atirou com força à trave, também de grande penalidade.
O penálti dos ingleses foi descortinado pelo videoárbitro, por uma mão de Diomande, e, face ao completo ‘apagão’ de Haaland – e muitas outras ‘estrelas’ -, o Manchester City pouco perigo criou na segunda parte, perante a grande coesão defensiva ‘leonina’.
A noite perfeita do Sporting culminou em nova grande penalidade, numa falta sofrida por Geny Catamo e cometida pelo ex-‘leão’ Matheus Nunes, que Gyökeres aproveitou para fazer ‘hat-trick’ e cimentar lugar na galeria de melhores avançados da atualidade.
© Luso-Americano/Agência Lusa