BENFICA: Membros do ‘No Name Boys’ acusados de homicídio
O Ministério Público (MP) acusou 37 arguidos, alguns dos quais ligados a uma claque de futebol, por suspeitas de tentativa de homicídio, ofensas à integridade física, atentado à segurança de transporte rodoviário, roubo, furto e dano, revelou segunda-feira o MP.
Segundo uma nota colocada no ‘site’ do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, “alguns dos arguidos pertencem ao subgrupo mais violento de uma claque de futebol” que, refere a investigação, exerceram violência física sobre adeptos de clubes rivais.
O ‘site’ da Procuradoria Geral Distrital de Lisboa (PGDL) adianta que além dos crimes indicados, os arguidos foram também acusados por detenção de arma proibida e ameaça e resistência e coação sobre funcionário, nomeadamente agentes da polícia.
A TVI, que citou o despacho de acusação, refere que os 36 acusados, 35 homens e uma mulher, são membros dos ‘casual’, a ala mais radical da claque não autorizada do Benfica ‘No Name Boys’.
Segundo o MP, a investigação concluiu que os arguidos pertencem a um grupo organizado para a prática de actos de violência de claques/ adeptos de clubes rivais, que, em 2018 a 2020, agrediu fisicamente e se apoderou de bens e valores de claques rivais, causando estragos num bar.
Quando elementos policiais chegaram ao local, foram agredidos com ofensas verbais e arremesso de objectos, atingindo alguns deles.
O mesmo grupo, adianta a acusação, agrediu em órgãos vitais uma vítima, sabendo que os ferimentos lhe poderiam causar a morte, arremessaram pedras da calçada contra o autocarro de um clube rival, partindo vidros e, na ocasião, alguns dos arguidos tinham armas.
Entre os acusados estão os suspeitos de, na noite de 4 de Junho, fazerem parte do grupo que atacou à pedrada o autocarro do Sport Lisboa e Benfica (SLB), a caminho do centro de estágio do clube, no Seixal, e que poucas horas depois vandalizou a residência do então treinador do clube, Bruno Laje, após o SLB ter empatado em casa com o Tondela, 0-0, em jogo da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
No dia seguinte ao incidente, que provocou ferimentos nos futebolistas Julian Weigl e Zivkovic, atingidos pelos estilhaços dos vidros partidos, o presidente do Benfica pediu uma “punição exemplar” para os autores.