DESESPERO

por Luis Pires

A grande maioria dos norte americanos esqueceu 2020. Faz De conta que foi um ano que saltou do calendário e de que não temos recordações. Não saímos, não celebrámos feriados, aniversários e datas importantes e muitos não viram familiares e amigos com quem habitualmente se relacionavam.

Uma situação de desespero que nas última semanas nos fez baixar a guarda. Foi só haver notícia das vacinas e eis que avançamos para a normalidade. Ainda não sabemos quando e como as vamos tomar, quais as reacções e eis que já esfregamos as mãos de contentes para acabar com confinamentos e precauções.

As autoridades de saúde também ainda não sabem muito sobre vacina, não obstante a sua colocação no mercado. Nos próximos meses e anos ainda vamos continuar à procura da vacina perfeita, ainda que as que estão no mercado nos deêm esperança de uma baixa considerável no número de casos. Mas lembrem-se que esta vacina não é a última coca-cola no deserto. Serve para três meses ou quatro e depois há que esperar para ver o que acontece. Além disso fala-se muito de novas estirpes mais letais e de que não se sabe muito.

O conselho é ter cuidado e manter alguns procedimentos aconselhados pela Organização Mundial de Saúde, pelo CDC e FDA. Use a máscara, lave as mãos e use o sanitizer para se proteger. Não baixe os braços e pense já no próximo bailarico ou nos arraiais de Verão que, creio que este ano ainda não poderão acontecer com a precaução necessária. 2021 poderá ser o ano da observação e do cuidado. Ver se a vacina resolve, ver se o perigo já não existe, ver se é tempo de marcar as férias em Portugal ou noutro sítio qualquer. Pense que o futuro não começa agora. Há que ter alguma paciência.