Chega
O bom resultado do Partido de André Ventura nas Presidencias só mostra que alguma coisa está errada na política em Portugal. Algumas décadas depois do fim do Estado Novo, Portugal oferece o 3º lugar do campeonato a Ventura e abre a porta aos cidadãos fartos da palhaçada que se vive no dia a dia na Assembleia da República.
Poucos podem afirmar que tudo está bem na democracia portuguesa. Quem defendia os pobres em 1975, é hoje aliado do grande capital num país onde se encobrem as grandes falcatruas, desde a saúde, à justiça, desde a política ao idealismo mais prevertido.
Há dias a segunda classificada nas últimas Presidenciais, foi pedir a dissolução do Chega. Porquê? A senhora que se afirma democrata, isenta e patriota, está pela dissolução de um Partido só porque se trata de uma organização de extrema direita? Será que a direita não tem os mesmos direitos da esquerda? Até à pouco tempo o PCP era a esquerda e o BLOCO a representação da extrema esquerda. Será que alguém se lembrou de pedir a dissolução do Bloco e mandar para casa a Catarina Martins?
Na França a senhora LePen representa a extrema direita e nem por isso os partidos franceses ordenaram a sua expulsão. Ventura é um perigo nas próximas autarquicas, dizem os intelectuais de esquerda. Pois é. Claro que é, porque o Povo procura alternativas às cunhas e à corrupção. Se o Chega continuar a subir, a culpa é do PS, do PSD, do CDS e do BLOCO e do PCP. De um conjunto de pessoas que se aproveitam do bolo ou da fatia maior só porque lhes convém. Aqui tiro o chapéu a Salazar, ao seu amor por Portugal e da sua honestidade. Só lá esteve tempo demais.