CONFINAMENTO TOTAL EM NEWARK DE 25 DE NOVEMBRO A 4 DE DEZEMBRO

Encerramento total em Newark é opcional.  O pedido de Baraka faz sentido, mas não tem enquadramento legal. A confusão é total.

O pedido de Ras Baraka para um encerramento  total em Newark, entre os dias 25 de Novembro e 4 de Dezembro é isso mesmo, um pedido – plausível e digamos até necessário para fazer face   à taxa de positividade na cidade de Newark que atingiu a semana passada os 21%, com o bairro leste a estar no centro de todas as preocupações com essa taxa a atingir os 41% no código postal 07105 e os 30% no código postal 07114.

A confusão essa, está instalada, pois Ras Baraka referiu que os inspectores do chamado “Task Force” estarão na rua para garantir esse encerramento, a  verdade é que não poderão emitir qualquer multa ou encerrar qualquer estabelecimento já que devido à ordem executiva número 195 que refere claramente, que os líderes da cidade não podem interferir ou modificar o horário de funcionamento de negócios não essenciais entre as 5 horas da manhã e as 8 horas da noite. Podem sim ordenar o encerramento ou alteração desse funcionamento entre as 8 da noite e as 5 da manhã.

Portanto, a situação é bastante clara, já que legalmente Baraka ou qualquer outro mayor não pode alterar esse funcionamento.

Esta situação está a gerar muita confusão já que da forma como a comunicação foi feita, muitos dos comerciantes acreditam que estão obrigados a encerrar. Baraka referiu mesmo que esperava um total encerramento, ao mesmo que restaurantes deveriam somente operar em regime de “Take-Out”, o que é opcional, pois podem abrir as suas portas e operar a 25% da capacidade.

Esta situação está a criar um autêntico braço de ferro, pois qualquer estabelecimento que esteja aberto será referenciado pela equipa do mayor, e pelo “Task Force”, que estará no terreno a inspeccionar a situação, imagina-se mesmo que em relação a restaurantes, essa observação possa levar a uma acção concertada, pois espera-se que esse “Task Force” não vacile, se observa alguma irregularidade, algo que já deveria estar a ser feito à bastante tempo.

O LUSO-AMERICANO contactou vários locais e empresários que claramente estão preocupados com a situação e com possíveis represálias, com um dos inquiridos a referir, “estamos entre a  espada e a parede, se abrirmos a porta estaremos na lista negra do mayor, já que passaremos a ser parte de um grupo de pessoas mais preocupadas com o dinheiro do que com a saúde das pessoas, se encerramos seremos seriamente prejudicados, nós e os nossos empregados, enfim é uma completa confusão e uma vez mais Newark está no centro da polémica pelos piores motivos”.

Outro dos empresários referiu, “eu até iria encerrar o meu estabelecimento, mas esta cidade é só compadrios, temos um “Task Force” que cerra os olhos a música ao vivo em estabelecimentos, que cerra os olhos ao número de pessoas nas chamadas esplanadas, que de esplanadas não têm nada, pois são locais totalmente fechados e onde a propagação do vírus é real não só para os que as frequentam, mas o que é ainda mais grave, para aqueles que passam nos passeios e que são obrigados a passar no seu interior, isso é uma vergonha”.

Em Newark vivem-se tempos muito difíceis e a situação para além de ser complicada é muito confusa. Os próximos 10 dias serão interessantes de seguir sabendo-se que haverá sempre dois lados da barricada, onde a razão não é absoluta para nenhum dos lados. Em Newark, a confusão é real e acreditamos somente uma pessoa poderia ajudar a clarificar tudo, o governador Phil Murphy.

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