COVID-19: Google ameaça despedir funcionários não vacinados

Os funcionários da Google que ainda não foram vacinados podem vir a ser colocados numa licença forçada e, em seguida, dispensados da empresa se não seguirem as regras do Covid-19, de acordo com um memorando interno. 

Esta política irá afectar supostamente funcionários que teriam caído sob a jurisdição do mandato da vacina do presidente Biden, que actualmente enfrenta desafios no Senado e no sistema judiciário.

De acordo com o memorando, a Google deu aos seus funcionários até dia 13 de Dezembro para fazerem o ‘upload’ do comprovativo de vacinação ou receber a aprovação para uma isenção médica ou religiosa. 

A empresa diz que quem não fizer nenhuma dessas coisas até 13 de Janeiro terá uma licença administrativa remunerada de 30 dias. 

No final desses 30 dias se ainda não estiverem em conformidade, eles poderão enfrentar a licença sem vencimento de até seis meses e, em seguida, ser rescindidos.

A porta-voz da Google, Lora Lee Erickson, disse: “Como declaramos antes, os nossos requisitos de vacinação são uma das maneiras mais importantes de manter a nossa força de trabalho segura e os nossos serviços a funcionar. Estamos empenhados em fazer todo o possível para ajudar os nossos funcionários que podem ser vacinados a fazê-lo e apoiar firmemente a nossa política de vacinação.”

O relatório aponta que pode haver algumas outras opções para funcionários não vacinados, embora a empresa espere que o mandato do presidente se aplique a quase todos, os funcionários podem procurar cargos que não sejam cobertos por ele, presumivelmente fora de um escritório. 

Se encontrarem um (ou já tiverem um), também deverão ser capazes de fazer o trabalho remotamente. O Google exige que os seus funcionários em exercício sejam vacinados, alegando que testes frequentes não são uma alternativa aceitável.

Embora a empresa não tenha ainda determinado quando os funcionários terão que voltar ao escritório após o surgimento da variante Ómicron, a Google espera que grande parte da sua força de trabalho faça pelo menos algum trabalho presencial.

Os requisitos de pagamento e vacinação têm sido questões polémicas dentro da empresa durante uma reunião geral da empresa, os executivos questionaram se a Google planeia aumentar os salários para igualar a inflação (a empresa disse que não planeia fazer isso).