DGS ou DGS?
O nome mais pomposo que a PIDE teve foi…DGS. Direcção Geral de
Segurança. Agora acharam piada ao nome e chama-lhe Direcção Geral de Saúde. Em ambos os casos tratavam da saúde das pessoas.
O governo não assume que uma pandemia tem uma vida própria, que nenhum SNS está à altura de uma emergência deste tipo, que, sem culpa, é impotente para a travar. Que, inevitavelmente, vão existir vitimas, mesmo com os devidos cuidados, como sempre aconteceu nestes casos.
Ao invés escolheu uma política de terror dupla. Por um lado previne que, se a pandemia avançar, não vai haver capacidade de tratar as vitimas e que qualquer um pode ser vítima dessa falta de meios. Por outro, assegura que está na mão dos cidadãos fazer com que a pandemia não tenha consequências. Bastará para tanto seguir as regras, clara e cientificamente estabelecidas.
Se as coisas correrem mal, como fatalmente acontecerá, a responsabilidade é dos cidadãos, nunca do governo. Mesmo que os Portugueses tenham que andar de metro, trabalhar fora do teletrabalho ou, valha-nos Nossa Senhora da Agrela, viverem com outras pessoas.
Os mais velhos, nos lares, lá terão que morrer de depressão, já que de Covid é que não pode ser.
Para sacudir a água do capote, como a pandemia implica vitimas mortais, lançam o estigma da culpa aos cidadãos. Que por serem responsáveis por infecções, passam a assassinos. Mais terror do que este, não há!
Aparentemente como no tempo da outra DGS vale tudo para proteger o regime e os partidos no poder. Não parecem as criticas que se poderiam fazer ao Estado Novo? Qual a grande diferença para o que se passa hoje?