ELIZABETH. “Rei” E “Rainha” do Dia de Portugal trazem a cultura lusa no sangue e têm orgulho nas origens
Por HENRIQUE MANO | Elizabeth, NJ
O comité responsável pela organização dos festejos do Dia de Portugal na cidade de Elizabeth, estado de New Jersey, criou a chamada “Família Real” para manter vivos os elos de ligação entre a juventude luso-americana e o espírito de portugalizado. Nesse âmbito, são eleitos vários jovens para cargos simbólicos; de entre eles, os de maior exposição são os títulos de “Rei” e “Rainha”.
A chamada “Família Real” é eleita num con curso que transborda talento e criatividade, onde a cultura e a história de Portugal são sempre cabeça de cartaz.

Para 2025, é “Rei” o jovem Luke Casqueira de 17 anos e natural de New Jersey. Filho dos emigrantes Marina e Marcelo Casqueira, naturais respectivamente de Gafanha do Carmo e Gafanha da Encarnação (distrito de Aveiro), Luke vive em Union, onde frequenta o 3.º ano do liceu local.
“Concorri por influência de alguns amigos quer também o tinham feito”, conta ao jornal LUSO-AMERICANO. “A princípio estava hesitante, mas depois percebi que era muito divertido”.
Reconhece que não estava à espera de ganhar a competição, “e, quando anunciaram o meu nome, fiquei perplexo, mas muito feliz também”.

Casqueira, que torce pelo FC Porto, gosta de futebol e espera praticar a modalidade na universidade, muito embora faça planos de vir a ser fisioterapeuta.
Luke está ciente da responsabilidade que significa envergar a faixa de “Rei” do Dia de Portugal e representar a comunidade na cerimónia do içar das bandeiras na “City Hall” e na grande parada. “Gosto do contacto com a comunidade”, nota. “Gostava de deixar como legado a minha atitude positiva perante a vida e a forma como me sinto bem na minha pele”.

A “Rainha” deste ano é Alexis Isabel Pineda, de 18 anos e também natural de New Jersey. A mãe, Helena Paulo, tem raízes em Lisboa, Caldas da Rainha e Arcos de Valdevez; o pai, Marco Pineda, é guatemalteco e a jovem também vive em Union.
A Alexis frequenta o Union County College, onde faz gestão de empresas, e concorreu a “Rainha” pelo segundo ano. “Fiquei surpreendida ao ganhar o título, o que me fez sentir muito orgulhosa de mim própria, uma vez que dei tudo para fazer o melhor que podia e sabia”, confidenciou ao nosso jornal.

Como “Rainha”, até ao final do seu mandato, “gostaria de incentivar a juventude a fazer parte da vida comunitária e, para isso, tenho ideias que gostaria de partilhar e implementar, em colaboração com o comité. Tornar o PISC mais acessível a todas and camadas etárias”.
Vai a Portugal todos os anos de férias, o que serve basicamente “para aprofundarmos a nossa ligação às raízes maternas”.
Também reconhece que os avós maternos, com quem aprendeu português, “tiveram grande influência na minha vida”.