Encarregados de educação expressaram-se contra o One Newark Program

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Na passada quinta-feira, 8 de Janeiro, decorreu no Club España uma reunião promovida pela Ironbound Parent Teacher Association, onde foram debatidos vários problemas relacionados com o recente programa lançado pela superintendente escolar, Cami Anderson. Cerca de uma centena de encarregados de educação expressaram os seus receios em relação a um programa que está a levantar celeuma. O programa está já a encerrar vários estabelecimentos escolares em Newark, nomeadamente nos Bairros Sul e Central, e mesmo que não estejam previstos encerramentos no Ironbound a verdade, segundo os organizadores do evento, é que todas as crianças serão afectadas. John Abeigon, um dos organizadores do evento e director do Newark Teacher Union, sindicato que se opõe ao mencionado programa referiu que “o programa visa distribuir equitativamente as crianças que frequentam os programas bilingues (ESL) e somente garante que 75% das crianças possam ter acesso às suas escolhas. Isto significa que 25% das crianças podem vir a ter que se deslocar para escolas espalhadas pela cidade”. Em seguida afirmou que “a superintendente escolar está a referir-se a este problema como um problema racial, e isso não é verdade. Este é um problema cultural”. “A falta de informação e as aplicações continuam a não estar disponíveis na Internet, ou mesmo nas escolas, numa altura em que as inscrições já estão supostamente abertas desde o dia 6 de Janeiro, e isto está a deixar os encarregados de educação apreensivos. Como referiu Maria Carvalho, “alugo uma casa na Anne Street e o meu filho não tem lugar garantido nessa escola. Pago uma renda mais elevada de modo a que o meu filho pudesse estudar numa escola com garantias e agora encontro-me numa situação desesperada. Fui à escola e não encontro respostas, noto uma tremenda falta de respeito para connosco”. Frankie Adão falou também em nome da organização “Parents Against One Newark”. “Está na hora de os nossos representantes darem a cara e mostrarem que estão do nosso lado. Estamos a assinar uma petição que será entregue na próxima quinta-feira em Trenton, que visa que sempre que haja medidas radicais como esta os encarregados de educação sejam ouvidos. Estas decisões devem ser submetidas para voto popular. Esta superintendente nunca dá a cara, nunca fala connosco e não conhece a nossa realidade”. A petição pode ainda ser assinada no site http://action.saveourschoolsnj.org/p/dia/action3/common/public/?action_KEY=12633. Luís Correia membro do staff do vereador John James e candidato ao cargo de vereador no Bairro Leste, marcou presença e referiu, “a comunidade tem que estar unida, tem que participar activamente nas reuniões e deve ter líderes que os informem. Somos uma comunidade que já deu provas em que, como com a problemática da Wilson Avenue School, unidos podemos mostrar a nossa força e determinação. No próximo dia 28 deste mês vai-se realizar a reunião do conselho escolar e todos devemos estar presentes. Se alguém quer falar na reunião deve registar-se 5 dias antes da mesma”. Os encarregados de educação mostram-se preocupados e John Abeigon lançou o apelo, “devemos contactar a nossa representante em Trenton, Eliana Pintor, devemos contactar Tereza Ruiz, devemos contactar todos os que precisam de nós e são eleitos pelo nosso voto, de modo que agora ajudem as nossas crianças, contra um programa injusto”.