Estas eleições…

Pois é. Temem os mais pobres que Donald Trump seja reeleito e os mais ricos, que Biden seja o D. Sebastião português que nunca apareceu.

As razões de ambos os lados das barricadas são mais que muitas. Conflitos raciais e sociais, salários, DACA, impostos, muro nas fronteira e congelamento do sistema de imigração.
Trump pode ganhar, ainda que as sondagens não lhe sejam favoráveis (menos de 12 pontos) mas em 2016, também Hillary Clinton tinha mais de 15 pontos de vantagem nas sondagens e acabou por perder.
Donald Trump sofreu os efeitos da pandemia. Depois cometeu o erro de a ter escondido durante mais de dois meses. As sucessivas gaffes e escândalos não lhe têm sido favoráveis, enquanto Joe Biden apenas tem atrás de si o fantasma do filho que teria, alegadamente feito uns negócios na Ucrânia e na Rússia.
Os politicos de hoje não são os do passado. Os idealistas, os patriotas, gente com dignidade e amor pela Pátria, são coisas do passado. Hoje os homens do Poder são ricos ou querem sê-lo com o apoio dos seus Partidos onde os escudeiros os protegem de tudo o que é mau ou os pode prejudicar.
As redes sociais também não ajudam à festa. O dizer mal ou mentir passou a ser uma dose de crença que até os mais educados e letrados engolem. Não existe a preocupação de contrapor, de investigar.
A América de 2020 não é a mesma de 2019. Nova Iorque é uma cidade vazia, escura, menos alegre e exuberante, menos glamososa e iluminada, com menos gente a mais medo. As cidades suburbanas onde os portugueses fazem a sua vida sofrem a incerteza e o receio que estas eleições possam dividir ainda mais o país e que o mal lhes caia e cima.