ESTUDO ALEMÃO: Identificados responsáveis por obesidade e hipertensão

Investigadores da Alemanha descobriram que a hormona leptina está envolvida na hipervascularização do hipotálamo, uma área importante no cérebro para o controlo alimentar.

Os investigadores explicaram que a leptina é produzida por tecido adiposo, está envolvida no controlo da fome e da saciedade, e desempenha um papel importante na regulação do metabolismo da gordura em humanos e mamíferos.

Os investigadores levantaram a hipótese de que níveis hormonais elevados de leptina estavam associados a um maior risco de desenvolvimento de hipertensão, no entanto, os mecanismos que contribuíam para o crescimento dos vasos sanguíneos no hipotálamo eram desconhecidos até agora.

Na investigação foram realizadas experiências em modelos de ratos e foi descoberto que os ratos obesos não sofreram um aumento na quantidade de vasos sanguíneos no hipotálamo na ausência da leptina. 

Na investigação a hormona foi aumentada nos ratos e foi verificado que os astrócitos impulsionaram a produção de um factor de crescimento específico que, por sua vez, promoveu o crescimento dos vasos sanguíneos. 

Os investigadores verificaram que este processo causou um aumento do número de vasos no hipotálamo, mostrando assim que a leptina é a principal responsável pelo aumento da concentração de vasos e que este processo é mediado através de astrócitos.

Cristina García-Cáceres, líder da investigação, afirmou que pretende agora descobrir como é que os astrócitos comunicam com os neurónios através da utilização de imagens ‘in vivo’ em tempo real da função do circuito astrócito-neurónio no hipotálamo.

Dietas convencionais melhores que jejum intermitente

Entretanto, investigadores dos Estados Unidos verificaram que o jejum intermitente de dias alternados reduziu menos gordura do que uma dieta de restrição do consumo diário de energia.

Na investigação foram analisados 36 participantes, sendo estes divididos em 3 grupos de 12, que seguiram dietas diferentes durante três semanas. 

O primeiro grupo seguiu uma dieta de jejum de dias alternados, comendo 150% da sua ingestão diária habitual de energia apenas de dois em dois dias, o segundo grupo seguiu uma dieta sem jejum com 75% de ingestão diária de energia, e o último grupo seguiu uma dieta de jejum de dias alternados, sem restrições na ingestão de energia.

Os investigadores verificaram que após três semanas, o segundo grupo apresentou as maiores perdas tanto de peso como de gordura, com uma perda média de gordura de 1,57 kg. 

No entanto, o primeiro grupo perdeu peso, mas perdeu gordura de forma menos eficaz, com uma média de 0,74 kg, e o último grupo não apresentou reduções significativas nem no peso nem na gordura.

Os investigadores observaram que as pessoas que praticavam o jejum de dias alternados tendiam a ser menos activos, o que pode ter contribuído para a pouca perda de gordura. Como tal, estes sugeriram que os indivíduos que consideram o jejum de dias alternados devem realizar actividade física.