FC PORTO, 1 — INTER MIAMI, 2: ‘Dragões’ perdem e complicam oitavos de final

O FC Porto ficou ontem dependente de outros para poder chegar aos ‘oitavos’ do Mundial de clubes de futebol, ao cair por 2-1 face ao Inter Miami, na segunda ronda do Grupo A, culpa do ‘mago’ Lionel Messi.

A cinco dias de completar 38 anos, o argentino, provavelmente o melhor de sempre, mostrou que continua a ser um dos melhores da actualidade e, face aos ‘dragões’, foi ele a decidir, com a sua classe ímpar e o seu livre directo número 68.

Aos 54 minutos, com o resultado em 1-1, de-pois do espanhol Samu adiantar o FC Porto, aos oito, de penálti, e o venezuelano Telasco Segovia, ex-Casa Pia, empatar, aos 49, Messi decidiu com um tiro frontal, indefensável até para um inspirado Cláudio Ramos.

Com este golo, o oito vezes Bola de Ouro inclinou o apuramento para o lado dos norte-americanos e deixou o FC Porto sem mão no seu destino, já que, na última jornada, na segunda-feira, precisa de ganhar ao Al Ahly e também que o Inter Miami bata o Palmeiras.

Os ‘dragões’, que estiveram a ganhar, podem-se queixar-se de Messi, que já lhes tinha marcado na Supertaça Europeia de 2011, mas também de si próprios, nomeadamente das três ocasiões claras para fazer o 2-0 perdidas nos últimos minutos da primeira parte.

Não o fizeram e, depois, ficaram nas mãos de Messi, que celebrou o 60.º jogo pelo Inter Miami como o 50.º golo pelo clube, ao qual ainda junta 23 assistências. 

Na carreira sénior, única, ímpar, sem igual, são agora 893 tentos, em 1.162 jogos.

O Inter Miami entrou logo ameaçador, com dois lançamentos de Messi para Suárez, mas, ao primeiro ataque, o FC Porto ganhou um penálti, aos cinco minutos, por falta na quina da área de Noah Allen sobre João Mário, descortinada pelo VAR.

Aos oito minutos, Samu concretizou a grande penalidade – para o primeiro golo dos ‘dragões’ na prova, após o 0-0 com o Palmeiras -, apesar de Ustari ainda ter tocado na bola.

Em vantagem, o FC Porto continuou a ‘dar’ o domínio de jogo ao adversário, que esteve duas vezes muito perto do empate, valendo Cláudio Ramos, a parar o remate de Suárez, isolado por Messi, e o de Cremaschi, após centro da esquerda de Allen.

No final do jogo, Martín Anselmi, treinador do FC Porto, afirmou: “Na primeira parte, com o posicionamento do Segovia, foi difícil para nós marcá-lo. Decidimos colocar o Martim Fernandes a fazer isso. Conseguimos corrigir as coisas, colocar o Mora com o Busquets. Mas sobrava-nos um jogador na última linha e aí não tivemos tempo para corrigir. Quando o fizemos, já era tarde. Não faltou atitude para ganhar os duelos, e tacticamente já devíamos ter feito as mudanças antes.