FC PORTO: ‘Dragões’ ansiosos mantêm perseguição ao líder

Um penálti de Taremi conferiu, domingo, uma vitória suada do FC Porto na recepção ao Boavista (1-0), no dérbi da 30.ª jornada da I Liga de futebol, preservando distâncias para o líder Benfica e o Sporting de Braga.

No Estádio do Dragão, no Porto, o avançado iraniano marcou aos 59, sete minutos antes da expulsão com cartão vermelho directo do defesa central espanhol Marca-no, que deixou os anfitriões agarrados à habitual competência do guarda-redes Diogo Costa até ao fim.

O FC Porto reassumiu a segunda posição, com 73 pontos, quatro abaixo do líder Benfica e dois acima do Sporting de Braga, terceiro classificado, que tinham batido Gil Vicente (2-0) e Portimonense (4-1) no sábado, respectivamente, e defrontam-se na próxima jornada.

Sérgio Conceição logrou a 300.ª vitória ao 498.º encontro da sua carreira como treinador principal, que contabiliza ainda 99 empates e 99 derrotas, para um total de nove títulos conquistados à frente dos ‘dragões’, que domingo comandou pela 200.ª vez no campeonato.

Com a permanência matematicamente assegurada na véspera, em função da derrota do ‘aflito’ Marítimo frente ao Vitória de Guimarães (1-2), o Boavista voltou a perder ao fim de três jogos e desceu ao 12.º lugar, com 37 pontos, seguindo num ciclo de 21 partidas – 18 desaires e três empates -, repartidas por 16 anos, sem nenhum êxito no dérbi portuense.

Em relação ao triunfo em Vila Nova de Famalicão (2-1), da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, Sérgio Conceição devolveu à titularidade os influentes Diogo Costa, Uribe, Taremi e Evanilson, mas o FC Porto foi tendo a desinspiração de duelos recentes.

‘Vitória justa’

No final do jogo, Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, afirmou: “(Marcano) É de um jogador experiente, maduro, altruísta, que se prejudicou em prol da nossa vitória. Um jogador que não pensou nele, pensou na equipa e muito bem. Ganhámos o jogo ali. Havia grandes possibilidades de o Boavista empatar, mesmo com o Marcano em campo. Uma palavra para ele, não esperava outra coisa do espírito dele. A equipa é sempre o mais importante.”

“Queremos sempre fazer mais. A minha equipa normalmente não cai no facilitismo de marcar e gerir o jogo, queremos sempre mais. Os treinadores acham sempre que podem evoluir todos os dias. Com os jogadores é igual. É sempre um jogo difícil, um dérbi, sempre diferente. Jogo difícil, mas uma vitória justa da minha equipa”, prosseguiu.

Disse ainda o treinador do FC Porto: “Não sentimos (que a bola queimava), até à entrada do último terço não senti isso. Depois, não diversificámos o sector ofensivo no último terço. Jogámos de forma ligada, sem grande dificuldade numa primeira fase. Faltou um bocadinho de velocidade, de ferir mais o adversário. Os jogadores que estiveram em campo são jogadores de futebol com qualidade. Não vi a bola a queimar. À medida que caminhamos para o final, poder-se-á pensar nisso. Isso faz parte desta recta final.”