FÓRMULA 1: França fora do calendário, dinheiro manda mais

O Grande Prémio (GP) de França vai ficar fora do calendário do Mundial em 2023, confirmou ontem o director executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, admitindo que a prova pode “entrar num sistema de rotatividade”.

“As conversações continuam e, no futuro, pode haver uma espécie de rotação entre vários Grandes Prémios”, disse Domenicali, acrescentando: “Isso não acontecerá em 2023, só será possível em 2024 ou 2025”.

Em Maio passado, a organização do GP de França de Fórmula 1 mostrou-se disponível para alternar uma data do Campeonato do Mundo com outra prova.

Além de França, podem também ficar fora do calendário do ‘grande circo’ em 2023 as provas da Bélgica e do Mónaco, que ainda não renovaram os contratos com a Fórmula 1, e enfrentam a concorrência de destinos como a Ásia, o Médio Oriente ou a América, disponíveis para suportar maiores investimentos.

Ricciardo deixa McLaren no final da temporada

Entretanto, o piloto australiano Daniel Ricciardo vai deixar a McLaren no final da temporada, após rescindir o contrato que ligava a duas partes até 2023, informou a equipa do Mundial de Fórmula 1, em comunicado.

O colega de equipa do britânico Lando Norris ingressou na McLaren Racing em 2021 e teve como ponto alto a vitória no Grande Prémio de Itália de 2021, em Monza.

O experiente piloto, de 33 anos, revelou ter sido “um privilégio fazer parte da família McLaren” e adiantou que falará em breve sobre o seu futuro.

“Vou anunciar os meus próprios planos futuros no devido tempo e darei tudo de mim dentro e fora da pista no que resta da temporada. Nunca estive tão motivado para competir e fazer parte de um desporto que amo tanto. Estou ansioso pelo que vem a seguir”, expressou Ricciardo, que soma um total de 32 pódios na carreira.

Ricciardo ocupa actualmente o 12.º posto na classificação do Mundial de Fórmula 1, com 19 pontos, enquanto Norris é sétimo, com 76, após concluídos 13 Grandes Prémios. Esta temporada, o melhor que conseguiu foi um sexto lugar na prova que decorreu no seu país, o GP da Austrália.

O chefe da Fórmula 1, Stefano Domenicali, avisou que não basta ter história para que alguns Grandes Prémios tradicionais sejam mantidos no calendário, como Monza, Spa ou Monte Carlo, que podem desaparecer num futuro próximo.

Essas corridas estão ameaçadas por outras, como Arábia Saudita, Miami e em breve Las Vegas, cuja contribuição económica é muito maior, embora não tenham a popularidade das primeiras.

O dirigente italiano admitiu que as negociações continuam para que países como Bélgica, França e Mónaco continuem a ter um Grande Prémio a partir da próxima temporada.

Ou seja, Spa-Francorchamps pode receber o último Grande Prémio da Bélgica de Fórmula 1 no próximo domingo, pelo menos por vários anos.

Domenicali não fechou as portas para que alguns dos chamados circuitos tradicionais possam ser retirados do calendário. 

Se haverá finalmente 23 ou 24 corridas em 2023 dependerá do GP da China, devido à situação pandémica e as relações do gigante asiático com a Rússia.