Futebois

por Luis Pires

Não foi por causa da Covid que Jorge Jesus deixou de ser um bom treinador. Mas foi a Covid que comprometeu claramente a estratégia da equipa do Benfica para esta época. Lembrem-se que quando Jesus chegou à Luz este ano já havia jogadores contratados e ele só teve de fazer algumas exigências porque percebeu logo que a equipa que tinha não tinha hipóteses de competir com os nacionais e com os europeus da Liga Europa.

Jorge Jesus é um tacticista. Imagina, estuda e vê como aplicar um sistema numa equipa, só que os jogadores não se readaptam facilmente. A Covid foi outro mal que mais nenhuma equipa enfrentou com a dimensão que atingiu a Luz. Toda a estrutura técnica infectada, 27 jogadores infectados, medo, falta de confiança e a tremideira de balneário cultivada em vários idiomas. Espanhóis, brasileiros e outros que se entendem bem em inglês e alemão, mas que fazem panelinha.

O Sporting tem uma equipa jovem, um treinador jovem e uma vontade ganhadora. Tem a confiança do primeiro lugar na Liga e segue descontraído.
Quanto ao F.C.Porto temos de admirar a garra de Sérgio Conceição e a forma como consegue transmitir essa força aos seus jogadores. No segundo lugar os dragões ainda têm uma palavra a dizer este ano. Quanto ao Braga é um clube que jamais será esquecido como um dos candidatos a um lugar entre os primeiros da Liga. António Salvador, o seu Presidente é um homem determinado com vontade de se afirmar no campeonato e na Europa.
Contudo, a pandemia afastou os espectadores do futebol que na televisão em nada se parece com a adrenalina e a força dos adeptos. Os clubes só se podem queixar de não poderem contar com a torcida, que também ajuda a dinamizar equipas.