Fuzileiros regressam a Portugal depois de 3 meses de missão na Lituânia

Uma força composta por 146 fuzileiros regressou na segunda-feira a Portugal após uma missão de três meses na Lituânia para aprimorar sinergias entre Estados-membros da NATO, num momento que é particularmente sensível para a Aliança Atlântica.

“Melhorar todas as sinergias e o trabalho entre forças da NATO [Aliança do Tratado do Atlântico Norte], de modo a que, numa necessidade, estejamos todos prontos a trabalhar em conjunto”: foi assim que João Goulart, capitão-tenente e chefe da missão que regressou a solo português, descreveu telegraficamente aos jornalistas três meses em que “correu tudo dentro do planeado”.

Durante esta missão na Lituânia não houve sobressaltos, mas João Goulart enalteceu a importância de mostrar que os Estados-membros da NATO “estão todos juntos”, numa altura em que, a leste, a Rússia fez elevar os níveis de alerta com a invasão à Ucrânia que começou há seis meses e cujo desfecho parece ainda distante.

Os 146 militares da Marinha regressaram ao aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, de onde partiram há três meses, mas, ao contrário do que aconteceu com outras missões, desta vez não houve os momentos emotivos de familiares que os aguardavam. Fonte do Estado-Maior-General das Forças Armadas referiu que a ausência de familiares se deve a “razões de segurança”.

Contudo, a aguardar pelos fuzileiros estava o Chefe do Estado-Maior da Armada, o almirante Henrique Gouveia e Melo, que não esqueceu que a saudade aperta e, por isso, foi conciso na sua intervenção.

“Recentemente foram agraciados pelo chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas da Lituânia, que mostrou com a medalha que vos atribuiu a forma exemplar como se portaram e como eles viram o vosso contributo. Estão de parabéns. Nestes momentos não devemos perder muito tempo porque estão há muito tempo afastados das vossas famílias”, referiu o chefe da Armada.

Entoada “A Portugue-sa” e concluída a curta cerimónia, era visível a ânsia de rever a família no rosto da maioria dos militares. E nos portões do aeroporto militar havia quem não quisesse esperar para que chegassem a casa.

De acordo com a informação transmitida pelas Forças Armadas, esta missão teve o propósito de “reforçar a presença de forças aliadas na Lituânia” e enquadrou-se também no esforço da NATO para “dissuadir ameaças directas ou indiretas contra os países membros, em particular os Países Bálticos”.