INOVAÇÃO: Novos implantes cardíacos podem salvar 10 mil vidas por ano

O chamado envelope antibiótico envolve o implante cardíaco e previne infecções no paciente. 

Por ano, morrem cerca de 10 mil pessoas devido a infecções geradas pelo implante.

O pacemaker é um pequeno aparelho que é colocado debaixo da pele para controlar e promover os batimentos cardíacos. 

Existem muitos motivos para a implantação de um pacemaker, sendo que o envelhecer natural do sistema eléctrico do coração é o principal motivo.

A implantação de um pacemaker é um procedimento simples e rápido, que envolve uma pequena cirurgia com anestésico local. 

No entanto, milhões de pessoas que recebem implantes cardíacos correm o risco de infecções potencialmente fatais.

Estudos mostraram que até 4% dos pacientes com implante, ou 60.000 pacientes a cada ano, desenvolvem uma infecção. 

Esta pode levar a internamentos hospitalares durante semanas e, em países sem serviço nacional de saúde como os EUA, custar dezenas de milhares de dólares. 

Além disso, até 17% dos pacientes, ou 10.000 por ano, que contraem estas infecções podem morrer.

Agora, uma equipa de investigadores está a tentar encontrar uma solução para esse problema, procurando reduzir o risco de infecção. 

Os cientistas criaram envelopes antibióticos, que se colocam à volta dos implantes e que evitam a infecção.

Neste momento há dois envelopes deste tipo, o TYRX e o CanGaroo, que já receberam aprovação da Food and Drug Administration (FDA).

 “O uso do envelope antibiótico levou a uma redução adicional de 40% nas infecções durante o primeiro ano após a implantação. E não vimos nenhum aumento nas complicações com o uso do envelope, indicando que é seguro usar”, disse Khaldoun Tarakji, especialista em electrofisiologia cardíaca em Cleveland, citado pelo OZY.

Uma paciente de 19 anos norte-americana relatou a um blogue médico de Stanford a sua experiência de implantar um pacemaker com recurso ao novo envelope antibiótico. 

Bea White realçou que a sua saúde mental “está completamente diferente da primeira que entrou no hospital” e que agora tem “mais confiança e felicidade”.