IPO de Coimbra recebe projecto de promoção de saúde através da música

A Unidade de Cancro de Mama do IPO de Coimbra vai receber, no primeiro semestre de 2023, um projecto-piloto através do qual se pretende estimular o bem-estar físico e emocional dos utentes e profissionais de saúde através da música.

De acordo com a directora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, este projecto prevê que, ao longo dos primeiros seis meses de 2023, a Orquestra Sem Fronteiras apresente seis concertos intimistas de música de câmara, dirigidos exclusivamente ao serviço de cancro de mama do IPO de Coimbra.

“Os concertos serão seguidos de um momento de mediação cultural informal”, acrescentou.

Durante a apresentação do projecto artístico “A Música no Lugar Certo”, que decorreu em Coimbra, Suzana Mene-zes explicou que este projecto nasce do acordo de colaboração de três entidades – Direcção Regional de Cultura do Centro, IPO de Coimbra e Orquestra Sem Fronteiras – que acreditam “no valor terapêutico da cultura”.

“Do ponto de vista financeiro, este projeto será suportado pela Direcção Regional de Cultura do Centro, que assume os custos da curadoria, e pela Fundação La Caixa, que é o mecenas principal da Orquestra Sem Fronteiras, que assume os custos com os músicos envolvidos”, informou.

Ao longo da sua intervenção, Suzana Menezes destacou que a ambição deste projecto ultrapassa os seis concertos em agenda.

“Esperamos que esta acção possa sensibilizar a nossa região, no momento em que estamos a preparar o próximo quadro europeu de financiamento, para a necessidade de incluirmos a cultura também como parte integrante da nossa estratégia de saúde e, mais especificamente, como pilar central da estratégia de saúde mental. Isso implica acautelar, desde já, a definição de políticas públicas neste domínio e o investimento adequado ao desenvolvimento de projectos desta natureza”, referiu.

Com este projecto-piloto espera também sensibilizar os sectores culturais e de saúde da região para “a importância das actividades culturais como complementares às respostas médicas tradicionais, tanto para problemas de saúde, quanto para a sua prevenção”.

“Esperamos que este projecto, para além dos efeitos positivos que venha a ter, também incentive a nossa região e as nossas organizações, públicas e privadas, a estabelecerem a sua própria estratégia de cultura para a saúde e bem-estar, criando as condições adequadas à promoção de políticas integradas de cultura e saúde”, apontou.