Jihadistas

Por Luis Pires

Quem escolheu o caminho do Daesh e de outras organizações terroristas traçaram um destino, um futuro sem pensar nas consequências para as suas famílias. Pais, irmãos, esposas e filhos. Escolheram a violência, o terro- rismo o assassinato desenfreado de homens, mulheres e crianças inocentes. Agora vem a candidata a Presidente da República, Ana Gomes dizer que devíamos tomar conta dessas crianças. “É obrigação do Estado ir buscar as crianças” dos jihadistas portugueses. A ex-eurodeputada defende que Portugal deve introduzir filhos de jihadistas portugueses em programas de desradicalização para não haver “surpresas desagradáveis”. Ana Gomes é testemunha de um arguido.

A senhora candidata vive de desenhar o mundo a preto e branco mas a realidade é bem mais complexa do que esta versão “bebés fofinhos que nós vamos educar”. Como vai ser definida a tutela destas crianças? As mães destas crianças não são jovens raptadas e violadas por jihadistas: elas integraram voluntáriamente a jihad. Não é por serem mulheres que são menos responsáveis pelas suas decisões. O Estado português pode ir buscar estas crianças mas não podemos esquecer que elas têm mães e algumas delas também têm pai. Ninguém deixa de ser pai, mãe ou filho por ser jihadista. Há vários deveres e direitos a acautelar nesta questão. Desde o dever do Estado português de zelar pela segurança dos portugueses aos direitos dos pais destas crianças.

Os pais escolheram o caminho. As famílias sofrem, como os pais de um jihadista que afirmou desconhecer que o filho se juntara aos terroristas da organização assassina. Será que Portugal é responsável? Tivemos alguma coisa a ver com a decisão dos bandidos?