JUSTIN PERDIZ: Conheça o aluno finalista de 2022 da Escola Luís de Camões do SCP de Newark

Por HENRIQUE MANO | News Editor

Aos 15 anos, o luso-americano Justin Perdiz, de Clark, NJ, terminou os 9 anos de escolaridade da Luís de Camões – a instituição de ensino do centenário Sport Club Português de Newark. O jovem foi um de apenas dois finalistas do ano lectivo de 2021/22 – a primeira turma a receber a capa de estudante que a direcção da colectividade resolveu, a partir deste ano, atribuir aos alunos finalistas da escola (a par de um bónus de 5 anos grátis como membros do S.C.P.).

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Justin Perdiz, 15 anos, foi o primeiro aluno da Escola Luís de Camões a receber uma capa de estudante – uma iniciativa que a direcção do S.C.P. resolveu encetar este ano

A experiência do ensino na língua das suas origens, e a descoberta de todo um maravilhoso mundo novo, Justin deve-a aos pais, que, em boa hora, decidiram matriculá-lo na Luís de Camões (que a irmã mais nova também frequenta).

O adolescente nasceu no St. Barnabas Hospital, em Livingston, NJ, e ainda viveu um ano no Ironbound até os Perdiz mudarem-se para Clark, onde está no 9.º ano de escolaridade, no Liceu Arthur I. Johnson. O pai, Nuno Perdiz, é natural de Foz do Arelho, Caldas da Rainha, e a mãe, Clara, já nasceu em New Jersey, com raízes caldenses e na Murtosa.

“Fazer a escola portuguesa também foi importante para mim não apenas pela própria aprendizagem da cultura, história e tradições das minhas origens, mas também porque, nesse processo, fiz muitas novas amizades com pessoas com interesses comuns e conheci professores fantásticos”, diz Justin Perdiz, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO. “Quando abraçamos a nossa cultura de raiz e aprendemos português, também nos tornamos agentes promotores desses valores junto das nossas comunidades e amigos americanos.”

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Fachada da Escola Luís de Camões, no Ironbound

Nas salas de aulas da Luís de Camões, Justin Perdiz diz ter aprendido sobre a história recente de Portugal, nomeadamente “o 25 de Abril e as pessoas que se sacrificaram pela instalação da liberdade no nosso país. Abriu-me os olhos para toda uma realidade que eu desconhecia e para como os portugueses lutaram pelos ideias de democracia.”

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Justin Perdiz na redacção do jornal LUSO-AMERICANO em Newark

A outros jovens luso-descendentes que optam por não fazer o caminho da escola portuguesa, Justin Perdiz deixa uma palavra de incentivo: “Por vezes pode parecer um sacrifício, e também nos consome algum tempo, mas vale mesmo a pena por tudo o que aprendemos e pela abertura ao mundo a que nos expõe. É uma experiência muito divertida, para além de os professores serem bem simpáticos, compreensíveis e atentos com os alunos.”

jornal LUSO-AMERICANO | “Gostei muito da experiência”, garante Justin Perdiz, que, com o canudo da escola portuguesa, está certamente mais preparado para enfrentar o mundo académico e profissional que o espera (pensa ser ou médico ou fisioterapeuta)

No ano passado, os pais de Justin (que tinha 2 anos quando pela primeira vez foi a Portugal), decidiram levá-lo a si e à irmã a Lisboa “para poderem ver in loco os locais sobre os quais tanto aprenderam na escola portuguesa, nomeadamente os bairros antigos de Lisboa onde nasceu o fado e relacionarem-nos com a matéria dada na Luís de Camões”, conta Clara Perdiz.

“Gostei muito da experiência”, garante Justin Perdiz, que, com o canudo da escola portuguesa, está certamente mais preparado para enfrentar o mundo académico e profissional que o espera (pensa ser ou médico ou fisioterapeuta).