LISBOA. Teatro Tivoli eleito um dos tesouros do cinema europeu
O Teatro Tivoli, em Lisboa, foi eleito um dos tesouros da cultura cinematográfica europeia pela Academia Europeia de Cinema, anunciou esta semana a organização.
A Academia Europeia de Cinema divulgou uma lista de onze “tesouros da cultura cinematográfica europeia”, “que devem ser mantidos e protegidos”, e entre eles figura o Teatro Tivoli, que cumpriu cem anos em 2024.
A criação desta lista de “tesouros” tem como objectivo elencar locais e espaços que são simbólicos para o cinema europeu, “lugares de valor histórico que devem ser mantidos e protegidos não só agora como para as gerações futuras”, refere a academia em nota de imprensa.
Situado na Avenida da Liberdade, o Teatro Tivoli foi mandado construir por Adolfo de Lima Mayer e resulta de um projecto arquitetónico de Raul Lino.
O teatro foi inaugurado em 1924, com a estreia do filme mudo ‘Violetas Imperiais’, de Henry Roussel, e na altura era considerado a maior sala de cinema do país, com 1.114 lugares.
Tem actualmente gestão privada pela produtora de espetáculos UAU, que o adquiriu em 2012, sendo palco para exibição de cinema e para artes de palco, em particular teatro e música. Em 2015, foi classificado como monumento nacional.
Em 2022, a Academia Europeia de Cinema incluiu nesta lista de tesouros a zona da Ribeira do Porto, lembrando que foi o cenário de três filmes emblemáticos de Manoel de Oliveira: ‘Douro, Faina Fluvial’ (1931), ‘Aniki Bobó’ (1942) e ‘O Porto da Minha Infância’ (2001).