LUSO-AMERICANO EM CONNECTICUT DEIXA CARGO DE VEREADOR PARA OBTER DOUTORAMENTO E LECCIONAR NA ÁREA DAS CIÊNCIAS POLÍTICAS

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

O luso-americano Jack de Oliveira, de 27 anos, deixou o cargo de vereador em Naugatuck, no estado de Connecticut, para se juntar ao corpo docente da University of South Carolina e obter, em simultâneo, um doutoramento na área de Ciências Políticas e Relações Internacionais. Oliveira segue para Columbia, na capital daquele estado do sul, vendo-se obrigado a abdicar do cargo que ocupava “por não poder leccionar e pertencer a um partido político ou ocupar funções oficiais”, explica o jovem de origem portuguesa, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO.

Eleito para o Conselho Municipal de Naugatuck pelo partido Republicano em 2017, aos 23 anos, Jack de Oliveira era uma das promessas políticas luso-americanas em Connecticut; para o seu lugar, foi nomeada uma substituta (Kim Kiernan) indicada pelo seu partido e aprovada pelo órgão legislativo municipal local. Nas eleições de Novembro próximo, será encontrado o ocupante permanente da cadeira.

A saída de Jake de Oliveira deixa o campo político luso-americano no eixo Waterbury-Naugatuck, onde estão radicadas duas importantes comunidades portuguesas, entregue à deputada estadual Rosa Rebimbas – que fica assim com a distinção de ser, de momento, a única luso-eleita na região.

Oliveira também se demitiu do cargo de assistente legislativo em Hartford, onde trabalhava para um grupo de cinco republicanos com assento na Assembleia Legislativa.

Jack de Oliveira nasceu em Waterbury, CT, filho dos emigrantes Joaquim de Oliveira e Cândida dos Santos Oliveira, naturais respectivamente da Murtosa (Aveiro) e Valpaços (Trás-os-Montes); em 2011 formou-se em Ciências Políticas, com um ‘minor’ em gestão de empresas, na University of Alabama.

O luso-americano espera, no futuro, fazer carreira numa área onde possa influenciar a criação de legislação, seja num organismo norte-americano “ou mesmo internacional, como as Nações Unidas.”

Tomar a decisão de abandonar o cargo de vereador e prosseguir formação superior “só foi difícil no sentido em que vou estar longe da família, porque, de outra maneira, estou certo de que é isto que quero fazer nesta fase da minha vida. Mais tarde, quando tiver de casar e constituir família, seria mais difícil de alcançar este objectivo.”