NEW JERSEY: MUNICÍPIO DE LIVINGSTON HASTEOU BANDEIRA DE PORTUGAL PELA 1.ª VEZ EM 212 ANOS DE EXISTÊNCIA

• Por HENRIQUE MANO | Livingston, NJ

E fez-se história em Livingston!

Mais de dois séculos e uma década após a sua fundação, o município, no condado de Essex, estado de New Jersey, içou pela primeira vez a bandeira de Portugal no mastro do edifício da Câmara Municipal.

A cerimónia oficial, co-patrocinada pelo ex-‘mayor’ e actual vereador de origem lusa Michael Vieira, nasceu da iniciativa da jovem luso-descendente Isabella Martins, após ter criado o Portuguese Luso-American Club do liceu local.

Livingston surgiu por decreto oficial a 5 de Fevereiro de 1813 e tem actualmente cerca de 35 mil habitantes, julgando-se viverem aqui mais de meia centena de famílias portuguesas.

Para além do içar da bandeira, que fez lágrimas correrem nos rostos de muitos dos presentes, a histórica cerimónia, apresentada pelo vereador Michael Vieira e pela jovem aluna Isabella Martins, contou ainda com as intervenções do ‘mayor’ Edward Meinhardt e do orador principal da tarde – o Prof.º José Carlos Adão, coordenador-adjunto do ensino da língua portuguesa nos EUA.

Refira-se ainda, como convidados de honra, a presença do ex-xerife Armando Fontoura, da ‘mayor’ Dina Grilo, de East Newark, do vereador Michael Silva e da membro do Comité Escolar de Newark, Helena Vinhas.

À parte uma numerosa delegação de Elizabeth, composta pela Presidente do Portugal Day Committee, Michelle Afonso, e por vários outros elementos, estiveram ainda representantes do Grupo de Bombos “Os Rouxinóis”, da Casa do Minho de Newark, e do Rancho Folclórico “Os Sonhos Continuam”, da Associação Cultural Portuguesa de Kearny (e o seu responsável, António Cardoso), do Centro Romeu Cascaes de Harrison e da “ProVerbo”, a Secção Literária e Cultural do Sport Club Português.

Isabella Martins e o clube de língua portuguesa do Livingston High School receberam uma “Citation” do Conselho Municipal local e outras distinções.

O exemplo desta jovem luso-americana, filha de emigrantes portugueses, é a prova de que Portugal, com quase 900 anos de História, vive e se prolonga onde quer que haja um português. E saudade.