NEWARK. Mais um recorde imobiliário de vendas no Ironbound
• Por HENRIQUE MANO | Newark, NJ
O Ironbound, onde vive uma das maiores comunidades portuguesas da Costa Leste dos Estados Unidos, volta a sobressair na lista das 10 casas mais caras vendidas na cidade de Newark – de acordo com a lista compilada pela ‘Real Estate Newswire’.
Na semana de 17 a 23 de Março, registaram-se 36 transacções imobiliárias na área residencial em Newark – com o preço médio a situar-se nos $589.543 (ou $299 por ‘square foot’).
No topo da lista, surge uma casa de quatro famílias no coração do Ironbound – a um quarteirão da Ferry Street e a poucos outros da Penn Station… Como diz o jargão em inglês, é “location, location, location”.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | O ‘broker’ português Augusto Verríssimo em frente à casa de 4 famílias vendida por 1,4 milhões (um recorde no Bairro Leste)

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Fachada do imóvel no 33 da Downing Street: a casa era de portugueses mas não foi vendida a portugueses…

Foto: GOOGLE MAPS | A um quarteirão da Ferry Street e a poucos outros da Penn Station: “location, location, location”
Trata-se do número 33 da Downing Street, que, vendida por 1,4 milhões de dólares, é neste momento a casa mais cara alguma vez vendida no Bairro Leste! O imóvel, construído em 2006, mudou de mãos em Fevereiro e engloba uma área habitável de 4 318 pés quadrados (com o pé quadrado a $324).
Fontes imobiliárias estimam que o imóvel possa render em alugueres mais de 150 mil dólares anualmente.
A venda do 33 Downing Street esteve a cargo do ‘broker’ português Augusto Veríssimo, da firma imobiliária ‘Weichert Realtors – Home City’. Natural da freguesia de Caranguejeira, “entre Fátima e Leiria”, Veríssimo tem cerca de três décadas de experiência no ramo e está desde 2013 com a ‘Weichert’.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | De acordo com Veríssimo, a casa mais cara vendida no Ironbound esteve 30 dias no mercado

o: JORNAL LUSO-AMERICANO | De acordo com Veríssimo, a casa mais cara vendida no Ironbound esteve 30 dias no mercado
Contactado pelo jornal LUSO-AMERICANO, o ‘broker’ revelou que a casa “era de portugueses mas não foi comprada por portugueses”. Reconhece que o facto de a propriedade incluir seis espaços de garagem e ainda um pequeno ‘drive-way’, contribui para o seu elevado valor de mercado.
Na opinião de Augusto Veríssimo, “a falta de inventário, ou seja, a falta de casas no mercado e o alto valor dos alugueres é o que continua a contribuir para que os preços das casas no Ironbound continuem a escalar. Para além disso”, acrescenta, “continua a haver muita gente com dinheiro vivo para investir, pessoas que avançam com 20, 30 e até 40% do valor da compra em cash – nunca vi nada assim em toda a minha carreira na imobiliária. Pagamentos de entrada avultados”.
Ainda de acordo com Veríssimo, a casa mais cara vendida no Ironbound esteve 30 dias no mercado.
O ‘broker’ diz estar já envolvido na venda de outra casa no Ironbound com preço “acima de 1 milhão de dólares”, o 77 da Fillmore Street, e de um imóvel de nove famílias que poderá também bater recordes – o 73-71 da Van Buren Street, cujo proprietário pede 2,3 milhões de dólares pela sua venda.