NJ | Estado Jardim recebe primeiro hospital oncológico independente com investimento de $750 milhões
A RWJBarnabas Health e o Rutgers Cancer Institute, o único Centro Oncológico Abrangente designado pelo Instituto Nacional do Cancro de New Jersey, vão inaugurar no próximo mês o primeiro hospital oncológico independente do estado, dedicado exclusivamente ao tratamento do câncer.
O Jack and Sheryl Morris Cancer Center, com abertura prevista para Maio, estará situado em New Brunswick, num edifício de 12 andares e 48 mil metros quadrados, localizado no campus do Hospital Universitário Robert Wood Johnson.
Este centro especializado em oncologia e vai atender exclusivamente pacientes com cancro. O hospital geral e o centro oncológico, localizados em frente um ao outro, estarão ligados por uma passarela aérea.
Actualmente, os pacientes com cancro em New Jersey precisam viajar para Nova Iorque ou Pensilvânia para receber tratamentos especializados em hospitais oncológicos independentes, o que exige viagens frequentes durante a semana para garantir os melhores resultados.
O Jack and Sheryl Morris Cancer Center, também conhecido como “The Morris”, terá uma vasta gama de serviços oncológicos, tanto ambulatórios como hospitalares, disponíveis sob o mesmo tecto.
“O cancro não viaja bem”, afirmou o Dr. Steven Libutti, director do Rutgers Cancer Institute, durante a conferência de imprensa realizada recentemente.
“Todo o design deste hospital oncológico foi pensado com o paciente no centro. O objectivo é aliviar o peso do diagnóstico desde o momento da chegada, oferecendo um atendimento contínuo e integrado entre os cuidados ambulatórios e hospitalares, para alcançar os melhores resultados possíveis”, explicou Libutti, que também ocupa o cargo de vice-presidente sénior de serviços oncológicos na RWJBarnabas Health.
Os responsáveis da RWJBarnabas Health e do Rutgers Cancer Institute afirmaram que o investimento de 750 milhões de dólares visa transformar o futuro do tratamento desta doença no “Estado Jardim”. A colaboração irá proporcionar acesso a opções avançadas de tratamento que não estão amplamente disponíveis, como medicina de precisão, imunoterapia, terapia com células CAR T e transplantes de medula óssea. O financiamento do projecto provém de várias fontes, incluindo o promotor imobiliário Jack Morris e a sua esposa, Sheryl, além de um investimento de 25 milhões de dólares do Condado de Middlesex.
O novo hospital também vem preencher uma lacuna em New Jersey, onde a American Cancer Society estima que 59.840 novos casos de cancro serão diagnosticados só em 2025, e que 15.180 mortes serão causadas pela doença, fazendo desta a segunda principal causa de morte no estado.
O hospital contará com áreas de atendimento ambulatórios e hospitalar, laboratórios de pesquisa, uma farmácia no local e uma gama de serviços para o bem-estar dos pacientes, que incluirão massagens e aulas de culinária, segundo os planos divulgados pela RWJBarnabas Health e pelo Rutgers Cancer Institute.
De acordo com os responsáveis, o edifício foi projectado com a contribuição de pacientes e suas famílias.
O primeiro hospital oncológico independente de New Jersey terá 96 quartos individuais, distribuídos por três andares, para garantir a privacidade dos pacientes. Haverá também um andar dedicado a salas de cirurgia e outros procedimentos, além de uma área central para a esterilização.
O hospital incluirá 84 baías de infusão, onde os pacientes poderão ser tratados confortavelmente em poltronas. Haverá também 74 salas de exame “flexíveis”, desenhadas para parecerem mais com salas de estar do que com espaços clínicos. Essas salas têm cadeiras que podem ser convertidas em macas quando necessário.
Na ala pediátrica, o hospital contará com uma pequena zona de entretenimento e uma loja de brinquedos cheia de ofertas, com um ambiente inspirado na Jersey Shore.
O “The Morris” será único devido ao facto de ser uma instalação independente totalmente integrada com o sistema da RWJBarnabas Health e o Rutgers Cancer Institute, como explicou Ned Groves, Director Administrativo, que anteriormente ocupou cargos de liderança no Memorial Sloan Kettering e na Mayo Clinic.
“O nosso lema ‘um sistema, uma família’ resume tudo. Os nossos pacientes oncológicos não apenas terão a experiência especializada no ‘Morris’, mas estarão também rodeados pelo apoio de toda a família do sistema RWJBarnabas Health e do Rutgers Cancer Institute”, disse Groves.
Enquanto o Memorial Sloan Kettering é um hospital oncológico independente, não está integrado num grande sistema de saúde. Por outro lado, a Mayo Clinic tem várias unidades, mas não funciona como uma instalação única sob um único tecto, como será o caso do Morris.
“O melhor de ambos os mundos estará reunido no Morris, e isso é extremamente importante para os nossos pacientes com cancro e as suas famílias em New Jersey”, afirmou Groves.
O hospital contará também com tecnologia de diagnóstico de última geração, incluindo tomografias (CT), máquinas de ressonância magnética (MRI) e outros equipamentos. Cientistas terão a possibilidade de investigar e desenvolver novos tratamentos nos laboratórios de pesquisa do hospital, que foram projectados para acomodar 10 equipas de investigação e escritórios para ensaios clínicos.
O Morris faz parte de um investimento mais amplo de 1,5 mil milhões de dólares da RWJBarnabas Health e do Rutgers Cancer Institute em cuidados oncológicos em todo o estado.
Além do Morris, o Centro Oncológico Melchiorre, de 225 milhões de dólares, no Cooperman Barnabas Medical Center em Livingston, está previsto para ser inaugurado no outono deste ano.
O Vogel Medical Campus, em Tinton Falls, deverá abrir em 2026.
A grande inauguração do Jack and Sheryl Morris Cancer Center está marcada para 13 de Maio, com a abertura dos serviços ambulatórios em primeiro lugar.
A área de internamento hospitalar deverá abrir em Agosto, de acordo com uma porta-voz da RWJBarnabas Health.