NOVA IORQUE | Cônsul-geral falou a grupo de empresárias judaicas a caminho de Portugal

A cônsul-geral de Portugal em Nova Iorque, Luísa Pais Lowe, proferiu uma apresentação sobre Portugal na Sinagoga da Park Avenue em Manhattan, a sinagoga mais importante e influente de Nova Iorque e uma das maiores e mais poderosas dos Estados Unidos, a convite da respectiva rabina, Lori Koffman.

A cônsul-geral de Portugal em Nova Iorque, Luísa Pais Lower, falando a grupo de empresárias judaicas que vão visitar Portugal

A apresentação inseriu-se na preparação de uma viagem turística e educacional que um grupo de oitenta mulheres membros daquela congregação, na sua maioria empresárias, farão a Portugal em Abril, com duplo propósito turístico e educacional. O principal objectivo da viagem é conhecer de perto a herança judaica do nosso país – o programa inclui, para além de circuitos turísticos em Lisboa, Porto e Coimbra, visitas detalhadas a Belmonte e outros pontos importantes do itinerário judaico do português, que os membros do grupo sublinham estar “a meio caminho entre os Estados Unidos e Israel”.

Fachada da sinagoga da Park Avenue

A alocução versou sobre os principais aspectos do relacionamento bilateral entre Portugal e os EUA, o crescente interesse dos norte-americanos por Portugal, espelhado e concretizado no investimento, no comércio, no turismo ou no número crescente de estudantes americanos em universidades portuguesas, entre outros. Centrou-se também nos principais aspectos da história do judaísmo em Portugal; no legado de Aristides Sousa Mendes e outros seus colegas menos conhecidos; na forte pegada sefardita portuguesa em Nova Iorque, ainda hoje patente na Sinagoga Espanhola e Portuguesa (Congregação Shearith Israel), a mais antiga congregação judaica nos Estados Unidos, fundada em 1654 por sefarditas portugueses vindos do Recife ocupado pelos holandeses; em aspectos actuais relevantes, como a possibilidade oferecida por Portugal de aquisição da nacionalidade por sefarditas de origem portuguesa e o elevado número de processos já concluídos ou em tramitação. Foi sublinhada a importância de os países se reconciliarem de forma positiva e didáctica com a sua história, bem como o impositivo de “nunca esquecer” e nunca repetir.