O futuro
A Rosália Amorim escreveu e estou Ade acordo.
“Os portugueses não levaram a sério o novo confinamento e o governo não levou a sério os riscos do levantamento das restrições no Natal. Os hospitais públicos já passaram para lá da linha vermelha. Passou uma dúzia de dias e só agora voltam a apertar as limitações à circulação, como anunciou o primeiro-ministro, falando em “sobressalto cívico”.
Médicos e especialistas já tinham dado o grito de socorro. Poucos ligaram. A decisão política chegou tarde e incompleta. O fecho das escolas, face ao número crescente de jovens infectados, foi uma inevitabilidade. O que se passa hoje no país pode vir a ser semelhante ao que vimos acontecer em Itália e noutros países, em Março. Temos de actuar em conformidade e não com normalidade.
Com pouca normalidade decorreu também a tomada de posse de Joe Biden, como 46.º presidente dos Estados Unidos da América. A seu lado teve antigos presidentes como Obama, Bush e Clinton e o vice- presidente actual, Mike Pence. Com Biden renasce a esperança do multilateralismo. Mas, mais do que isso, renasce o civismo, a responsabilidade e a autoridade de um país que se auto-intitula a maior potência do mundo, na história contemporânea. No mandato de Trump foi a potência da imprevisibilidade e da política externa errática.
Joe Biden apela à união. Afirmou: “Não podemos resolver os nossos problemas enquanto estivermos divididos. Temos de fazê-lo juntos.” E acrescentou: “Eu e a Kamala corremos com base nesta visão.” Os EUA bem precisam e a Europa também. Go, Joe & Kamala!