ROSTOS DO FOLCLORE PORTUGUÊS NA AMÉRICA: ALISSA RODRIGUES

•Ensaiadora do Rancho Folclórico “Culturas de Portugal”, de Waterbury, CT

Por HENRIQUE MANO | Waterbury, CT

A ensaiadora do Rancho Folclórico “Culturas de Portugal”, do Clube Português de Waterbury, estado de Connecticut, Alissa Rodrigues, espera ansiosa a chegada de Outubro. É que, a 28 desse mês, o grupo (fundado em 1996) comemorará o seu 27.º aniversário de existência – uma efeméride que representa não apenas perto de três décadas de actividade, mas, acima de tudo, uma grande vontade em continuar a dar vida às tradições lusas no vale de Naugatuck.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Alissa Rodrigues, ensaiadora e dançarina do Rancho Folclórico “Culturas de Portugal”

Alissa Rodrigues nasceu em Naugatuck, CT, filha de pai emigrante de Chaves e mãe luso-americana com raízes em Vila Real (Trás-os-Montes); fez o liceu em Naugatuck e tira agora o mestrado pela Quinnipiac University em ciências biomédicas, trabalhando já no Yale New Haven Hospital, onde “trato de preservar células estaminais para o tratamento de patologias cancerígenas” – conta Alissa Rodrigues, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO.

A jovem juntou-se ao “Culturas de Portugal” em 2008 como dançarina e presentemente, para além de ensaiadora, também ocupa o cargo de vice-presidente.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Alissa Rodrigues, ensaiadora e dançarina do Rancho Folclórico “Culturas de Portugal”

“Para mim é importante fazer parte do rancho precisamente para manter estas tradições vivas”, afirma. “Quando elas acabarem, aos poucos desaparece também a comunidade portuguesa. Há que manter a nossa cultura e o rancho é uma faceta da comunidade que nos une a todos.”

Persiste agora um esforço renovado para elevar o número de participantes do “Culturas de Portugal” de 40 para 50, “entre músicos, tocadores, cantadeiras e dançarinos”, revela. “E temos ainda cerca de quatro pares infantis.”

O rancho, apesar dos trajes minhotos, “não se quer focar em apenas uma região de Portugal no que toca ao repertório”, sublinha Rodrigues. “Como somos um grupo todo de voluntários, trabalhamos e estudamos pelo que conciliar tudo não é fácil.”

Alissa Rodrigues, que tem a irmã Jennifer e a mãe no grupo folclórico, termina dizendo que, a nível de carreira profissional, pretende concentrar-se “no desenvolvimento de tratamentos para doenças e fazer investigação médica ligada a vacinas, ou seja, trabalho de laboratório.”