Rússia garante que vai contornar sanções do Conselho Europeu contra a exportação de diamantes
A Rússia garantiu esta terça-feira que usará todas as formas disponíveis para contornar as sanções aos diamantes russos adoptadas na segunda-feira pelo Grupo dos sete países mais industrializados (G7) e pela União Europeia.
O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, já reagiu ao 12.º pacote de sanções anunciado pelo Conselho Europeu em retaliação pela guerra na Ucrânia, dizendo que “já era de se esperar e estamos preparados”.
“Não acredito que não existam formas de contornar estas sanções e nós vamos usá-las”, afirmou dizendo ainda que será feito de tudo para que os interesses da Rússia sejam garantidos.
A partir de dia 1 de Janeiro de 2024 será proibida a importação de diamantes da Rússia, indústria que fatura cerca de 4,5 mil milhões de euros anuais.
A proibição de comprar estas pedras preciosas lapidadas num terceiro país entrará em vigor a partir de dia 1 de Março e, a partir de 1 de Setembro a proibição será alargada a joias e relógios que contenham diamantes produzidos em laboratórios russos.
As restrições são as mesmas adoptadas pelo G7 no dia 6, durante uma reunião virtual dos líderes dos sete países mais ricos (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
As sanções impostas abrangem também produtos químicos, baterias de lítio, termóstato, motores de corrente contínua e servomotores para veículos aéreos não tripulados (‘drones’), máquinas-ferramentas e peças de máquinas. Foi ainda reforçada a proibição já em vigor de importação de petróleo bruto transportado por mar e de determinados produtos petrolíferos da Rússia para a União Europeia e o seu tecto máximo.
Além disso, passarão a ser abrangidas mais de 120 pessoas e entidades, entre as quais mais 29 entidades que apoiam directamente o exército e industrias russas.