UCÂNIA. Kremlin declara que há avanços para acordo de paz

O Kremlin reagiu às declarações feitas pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, considerando que se registaram “progressos concretos” nas negociações com Washington para uma solução pacífica na Ucrânia.

“Acreditamos que se podem registar alguns progressos. Esse progresso está relacionado com a moratória provisória que foi respeitada pela Rússia para não lançar ataques às infraestruturas energéticas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Peskov sublinhou que foram alcançados alguns acordos nas últimas semanas, embora, “como é óbvio, ainda subsistem muitas discussões complicadas pela frente”.

Ao mesmo tempo, admitiu que a trégua energética de 30 dias “expirou” depois de a Rússia e a Ucrânia se terem acusado constantemente mutuamente de violações.

As declarações de Rubio, de que os EUA podem abandonar os esforços para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia se não houver progresso nos próximos dias, foram feitas um dia depois do encontro em Paris entre diplomatas norte-americanos e enviados britânicos, alemães e ucranianos, marcado por conversações sobre o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

“Temos de determinar nos próximos dias se [a paz] é viável ou não” e, “se não for possível, temos de passar a outra coisa” porque “os EUA têm outras prioridades”, afirmou Rubio, em Paris.

O porta-voz do Kremlin acrescentou que, quanto a um possível recomeço dos ataques às infraestruturas energéticas ucranianas, “de momento não há qualquer outra ordem”.

Quanto à declaração de Trump, de que espera que Moscovo lhes dê “esta semana” uma resposta à proposta de cessar-fogo, Peskov foi cauteloso.

“A questão do acordo (…) é complexa. O lado russo é a favor da resolução deste conflito, da defesa dos seus próprios interesses e está aberto ao diálogo”, afirmou.