US OPEN: Britânica Emma Raducanu está a encantar o mundo

Entre muitas surpresas e revelações na edição 2021 do US Open, uma tenista está a dar que falar.

Chama-se Emma Raducanu, de 18 anos, vinda do ‘qualifying’, que está nas meias-finais e o seu estilo de jogo já é comparado ao de…Novak Djokovic.

Tem 18 anos e está a viver um conto de fadas no US Open: Emma Raducanu, a jovem que está a encantar o mundo do ténis

No quadro masculino, o promissor jovem Alcaráz, de 18 anos, a quem há muito se vaticinam grandes voos, deu que falar, atingindo os quartos de final antes de se ver forçado a desistir, perante Felix Auger-Aliassime, canadiano de 21 anos, que se tornou no primeiro canadiano a chegar às meias-finais do torneio em 40 anos, e houve ainda o ‘desconhecido’ Botic van de Zandschulp, que chegou aos quartos de final vindo do ‘qualifying’ e apenas com três vitórias na carreira em jogos do circuito ATP.

Mas é no quadro feminino (onde, já se sabe, vamos ter uma nova campeã de torneios do Grand Slam) que há, em definitivo, uma nova estrela a despontar. 

Ou duas, mas uma está a dar que falar mais do que a outra. 

A canadiana Leylah Fernandez, de 19 anos, já afastou Naomi Osaka, Angelique Kerber e Elina Svitolina, tornando-se na primeiras ‘teenager’ des-de Maria Sharapova, em 2005, a chegar às meias-finais femininas em Nova Iorque. 

Só que, logo depois, a britânica Emma Raduca-nu, um ano mais nova, ‘imitou-a’, tornando-se mesmo a na primeira jogadora da história vinda do ‘qualifying’ a atingir uma fase final do US Open.

Raducanu está a viver um autêntico conto de fadas no ‘major’ norte-americano. 

A número 150 do ‘ranking’ mundial bateu nos quartos de final a recém-coroada campeã olímpica Belinda Bencic em dois ‘sets’ e tem sido alvo de rasgados elogios em virtude da qualidade de jogo que tem exibido. 

Mats Villander, antigo número 1 mundial e actual comentador da ‘Eurosport’, já comparou mesmo o estilo de Raducanu ao de Novak Djokovic.

“Servir como ela serve com 18 anos é muito pouco comum. Sabe como deve servir e a potência e o efeito que imprime não são normais. Além disso, a sua movimentação é incrível, especialmente para a esquerda. É flexível, forte, e acerta na bola sempre no meio da raquete, tal e qual como um certo sérvio que está a tentar o Grand Slam de calendário…Há tantas coisas parecidas com ele”, sublinhou o ex-tenista sueco.

Nascida em Toronto, a adolescente de nacionalidade britânica ainda não perdeu qualquer ‘set’ nesta sua impressionante caminhada até às meias-finais, que começou ainda na fase de qualificação. 

Virginia Wade, a última tenista do Reino Unido a ganhar um torneio do Grand Slam, em 1977, em Wimbledon, diz que não há nada que falte a jogo de Raducanu e a lendária Martina Navratilova diz que tem um “impressionante QI tenístico e mental”.