PRESIDENTE DO PSD: ‘Estado social está nas ruas da amargura’
O presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou esta semana que o estado social “está nas ruas da amargura” e acusou dirigentes do Partido Socialista de quererem apagar o passado.
“O estado social em Portugal, na educação, na saúde, na habitação, está pelas ruas da amargura, pelas mãos da esquerda, pelas mãos do Partido Socialista e, já agora, também com o contributo do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda”, afirmou Luís Montenegro, em São Roque do Pico, nos Açores, arquipélago onde começou o último programa “Sentir Portugal”.
Depois de apontar a assinatura, no domingo, do acordo de coligação entre PSD, CDS-PP e PPM, que “integra também muitos cidadãos independentes”, Montenegro garantiu empenhamento “em poder dar ao país um governo novo, poder dar ao país a solução para os problemas que o Partido Socialista deixou ao fim de oito anos de Governo”.
Para Montenegro, “quem ouve falar hoje o Partido Socialista parece que não esteve no Governo, parece que está num momento de assunção de funções governativas”, para sublinhar ser o contrário.
“O Partido Socialista governou 22 dos últimos 28 anos e governou também os últimos oito e, no fim dos últimos oito anos de Governo, o que é que nós temos?”, perguntou, respondendo: “um país com mais pobreza”, onde “as pessoas ficam às portas das urgências horas e horas à espera de ser atendidas” ou cerca de 1,7 milhões de pessoas não têm médico de família.
Referindo que, este mês, “a meio do ano lectivo, cerca de 40 mil alunos ainda não têm professor, pelo menos a uma disciplina”, Montenegro apontou ainda “as lacunas em termos de acesso à habitação”, classificando-as de gritantes, e o país, “do ponto de vista económico, quando comparado com aqueles países que têm os mesmos problemas de desenvolvimento”, apresentar “níveis de desempenho económico inferiores”.