CALIFÓRNIA | O Carnaval a sul do estado
Domingo, dia 3 de Março fez parte da conhecida a semana do Carnaval nas cidades de Artesia e Chino, que deu a oportunidade ao público local de assistir à actuação de cinco grupos carnavalescos, em dois palcos diferentes – o “Carnaval Sem Fronteiras”, vindo do norte do estado (entre Sacramento e São José); o “Bailinhos D’Eles” de São José; o “Grupo de Carnaval Açoreano de Tulare”, com as suas crianças, jovens e adultos.
No entanto, foi possível observar que este ano houveram menos grupos carnavalescos a actuarem neste estado.
Começando pelo grupo “Carnaval Sem Fronteiras”, subiu a palco com os seus 26 membros com o tema “As bolachas da avó”. Uma dança de comédia cheia de risada, dança e muita cantoria.
Para ganhar 20 mil dólares, um dos dançarinos veste-se como a avó, e com uma receita especial, fez bolachas que o viu ganhar… até lhe descobrirem a careca, fazendo-o perder tudo.
Kevin Coelho, ensaiador deste grupo disse, em declarações ao jornal LUSO-AMERICANO, que ensaiaram cerca de seis semanas, tendo-se apenas encontrado algumas vezes devido ao facto dos ensaios serem feitos através do internet.
Muitos dos seus membros vivem distantes uns dos outros – uns membros na área de São Francisco. Ensaiam sozinhos até que se encontram. Na peça teatral, comunicam-se através do YouTube.
“Este grupo já se conhece há muito tempo e por isso podemos fazer tudo em pouco tempo. O meu envolvimento já conta com cerca de uns vinte cinco anos, desde quando vivia em Artesia. Agora mudei-me para o norte mas continuo nesse envolvimento, e tenho a minha esposa e os meus filhos também envolvidos no Carnaval”, elaborou Kevin Coelho.
O “Bailinho D’Eles” de São José, com 16 elementos, apresentou uma dança de comédia em que, para ganhar o cartão verde (‘greencard’), houve um casamento com uma mexicana americana.
O espectáculo torna-se confuso, acontecendo em vez de um, dois casamentos.
As danças de comédia possuem músicos a dançar, e todas elas cheias de muita animação e belas vozes.
A terceira dança foi um “bailinho” apresentado por crianças, baseado no mundo dos chocolates do Willy Wonka Factory. Afinal de tudo, todos têm um dente doce, o que alegrava a Willy Wonka…
Rablyn Capote de 12 anos era a mestre deste bailinho.
Passando para o quarto “bailinho” – representado por um grupo de adolescentes – este teve como mestre Addison Capote, jovem de apenas 16 anos mas largos outros de envolvimento nas danças carnavalescas de Tulare, juntamente com os seus pais.
Addison revelou que gosta de passar tempo com os seus amigos, ao mesmo tempo que mantém as suas tradições culturais. “É divertido reviver a minha cultura Açoreana com amigos e família, especialmente durante o Carnaval”.
A terceira dança de Tulare – a dos adultos – apresentou uma peça de comédia com o tema gravidez, deixando todo mundo a rir às gargalhadas, devido às atividades desenvolvidas no palco.
Esta foi uma noite para aqueles que adoram danças carnavalescas e sentem saudades da sua ilha Terceira, nos Açores… já que é a única maneira de se lembrarem da alegria dos costumes terceirenses.
O mais interessante é que se vê em palco a terceira geração de jovens envolvidos nos costumes dos pais e avós – o que quer dizer que a tradição do Carnaval é para continuar, mesmo que estes já usem os dois idiomas nas modas apresentadas em cima do palco.
Viva o Carnaval!