APÓS 12 MIL ASSINATURAS: Autor da petição para expulsar líder dos Super Dragões recua alegando motivos de segurança

Menos de 24 horas e mais de 12 mil assinaturas depois, a petição que requeria a destituição de Fernando Madureira enquanto sócio do FC Porto foi cancelada. 

A petição deixou de estar activa no site respectivo, apresentando brevemente uma justificação para o sucedido: “Lamentamos mas esta petição já não se encontra activa. O autor decidiu que se deveria encerrar a petição. Esta petição será encerrada definitivamente por questões de segurança do autor. Obrigado”, podia ler-se na página. 

No entanto, está activa outra petição com fins semelhantes, intitulada “Expulsão de Fernando Madureira de sócio do F.C.Porto”, que à hora do fecho desta edição contava com mais de 700 assinantes. 

Estes movimentos surgem após uma Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto marcada pela violência entre associados, que acabou suspensa e adiada para a próxima segunda-feira. 

Na primeira petição, o autor dizia entender que “a preservação dos valores éticos, morais e desportivos é essencial para a prosperidade e reputação do Futebol Clube do Porto” e que as acções do líder dos Super Dragões “têm levantado sérias preocupações em relação a esses princípios”. 

Por outro lado, elencava três motivos para a sua requisição, que passam pela “conduta inadequada”, “prejuízo à imagem do clube” e “desrespeito a outros sócios”. 

A petição terminava com um pedido directo a José Lourenço Pinto, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, para a convocação de “uma Assembleia Geral Extraordinária para que os sócios possam deliberar sobre a destituição do sr. Fernando Madureira como membro do Futebol Clube do Porto”.

Entretanto, o Ministério Público (MP) abriu um inquérito aos incidentes ocorridos na assembleia suspensa.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) dos ‘dragões’, José Lourenço Pinto, suspendeu os trabalhos na segunda-feira, na sequência de uma sessão magna agitada e com confrontação entre sócios, que incidia na deliberação dos novos estatutos dos vice-campeões nacionais de futebol, mas, face à forte afluência, mudou de local à última hora.

Proposta retirada

A proposta de revisão dos estatutos do FC Porto foi, entretanto, retirada pelo Conselho Superior, três dias após a suspensão da Assembleia Geral (AG) extraordinária.

A decisão resultou de uma reunião decorrida ao final da tarde de ontem entre os membros daquele órgão consultivo, que ratificaram “por unanimidade” e no “superior interesse” dos ‘azuis e brancos’ uma moção para retirar a proposta de revisão estatuária por si elaborada, cuja apreciação requeria dois terços de votos favoráveis, mas nem chegou a suceder na AG.