CHINO VALLEY DES. Marchas brilham em palco em semana de Carnaval

Para as comunidades de Califórnia, o que mais adoraram nesta época do ano, é assistir às danças carnavalescas à moda da Terceira, nos Açores. 

Oito grupos nas últimas três semanas têm pisado muitos palcos espalhados por todo o estado. Na passada sexta-feira, o grupo do Chino “As Crianças do Chino” – mais uma vez com três danças – iniciaram o Carnaval em casa, com uma audiência perto de trezentas pessoas.

Crianças dos oito aos catorze anos, cantando e actuando no palco da casa: o Chino Valley DES. Com o tema “Crianças em Ação”, os jovens rapazes e raparigas brincaram  a  ter de assumir o papel de adultos, que queriam ser directores do salão. 

No fim do espectáculo foram as jovens que ganharam, deixando à responsabilidade  dos membros do sexo oposto, os postos mais baixos do salão. 

Foram muitas as palmas do povo, mostrando que gostaram do que viram – jovens não só a dançar, como também a actuarem numa peça teatral e a falarem em português. 

São através de actividades como estas – as Danças Carnavalescas – que muitos jovens começam a aprender o português.

Monroe Charlot Tavares, de dez anos,  foi uma delas e revelou ao LUSO-AMERICANO gostar “de falar em português” devido ao facto de ser  “divertido”. 

Explicou que já tinha amigos envolvidos na temática, o que a deixou muito animada para até também se envolver e participar nas danças. Foi através dos avós, que falam com ela em português, quer que se tornou bilingue.

As “Raparigas do Chino”, grupo adulto de senhoras, apresentou o “O Padeiro de Las Vegas”, que arrancou inúmeros  risos da audiência. 

O tema central foi a viagem de três senhoras a Las Vegas, para que cada uma delas encontrasse um homem para casar. 

O caso tornou-se feio quando, ambas viúvas, descobrem que os seus homens perfeitos eram na realidade o mesmo.

Diana Sales, directora das crianças e senhoras, continua a dar continuidade às modas típicas da Terceira, envolvendo desde os mais jovens chinoenses até aos adultos – todos eles nascidos neste país, com o destino de seguir as tradições da Terceira, Açores. 

O requisito para fazer parte destas danças é de querer cantar em português e dançar. 

Os “Rapazes do Chino”, grupo que já pisou palcos nos Açores apresentaram “América ou Terceira? Vai da sorte…”. 

Uma imigrante, a “tia Ermelinda” (Marco da Rocha que segue o mesmo papel desde o ano de 2008), quer tornar-se americana. Numa dança carnavalesca de comédia, recheada de alegria e cantares, fez muitos rir, com o seu papel de velhota.

A dança,  só composta de homens, teve alguns até vestidos de mulheres.

Todas as três actuações apresentadas foram escritas por Marco da Rocha, com ajuda, numa delas, de Fernando Melo. 

Conta-nos que foi um pouco difícil este ano, devido ao facto de parte da direcção fazer parte das próprias danças dos “Rapazes do Chino”. 

“Em termos logístico, pondo três grupos na rua não é nada fácil”, revelou Rocha, que também é presidente do Chino Valley DES.

Marco dedicou-se a escrever os temas uma vez que Élio Costa deixou de os escrever. 

Este ano com a ajuda de arranjos musicais da parte de David Borges, David Barcelos, Abel Dutra, Diana Dutra Sa-les, e sua filha Andreia Sales, foram capazes de sair  com os três grupos Carnavalescos da cidade do Chino.