CORONAVÍRUS: OMS defende não obrigatoriedade das vacinas

Especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) defenderam a semana passada a não obrigatoriedade das vacinas contra a covid-19, preferindo a persuasão e o diálogo com as populações.

Numa conferência de imprensa ‘online’ a partir da sede da organização, em Genebra, o carácter facultativo das futuras vacinas foi defendido pelo director para as emergências em saúde, Michael Ryan, e pela directora do programa de vacinas da organização, Kate O´Brien.

“Não creio que a obrigatoriedade seja o caminho a seguir”, disse a responsável aos jornalistas, tendo Michael Ryan acrescentado que os benefícios das vacinas precisam de ser mais bem explicados, em vez de tornar a vacinação obrigatória.

Kate O’Brien, que defendeu a segurança das vacinas actualmente aprovadas, notou que a experiência tem mostrado que quando os países quiseram tornar certas vacinas obrigatórias não tiveram o efeito pretendido, mas alertou que nalgumas situações e países a administração da vacina deve ser “fortemente recomendada”.

 “Precisamos persuadir, dialogar com as pessoas, e os que têm trabalhado em saúde pública preferem evitar esse tipo de medidas”, adiantou a propósito Michael Ryan, acrescentando: “Estamos preparados para apresentar os dados, os benefícios decorrentes da vacina, para que as pessoas tomem as suas decisões”.

O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ainda a propósito das vacinas, pediu na mesma conferência de imprensa que os países dêem prioridade aos mais necessitados, como os profissionais de saúde e os mais idosos.