ESPECIALISTA IMOBILIÁRIA DE TOPO EM NOVA IORQUE VÊ BOOM DO SECTOR IR ATÉ DEPOIS DO VERÃO

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

O chamado ‘sonho americano’, diz-se, começa quando se obtém a primeira chave de uma casa. Para a portuguesa Idalina (Lina) Lopes, ajudar centenas de pessoas a atingir esse objectivo de vida, é mais que uma carreira: é uma paixão.

“Como agentes imobiliários, lidamos com aquilo que de mais valioso as pessoas têm — tanto no caso de quem compra, como de quem vende”, explica Lopes, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO. “Um bem imobiliário é importante pelo seu valor monetário e afectivo — há quem viva trinta anos numa casa, onde constrói memórias. O nosso papel não se resume a apenas colocar um letreiro à porta a dizer ‘vende-se’ e a encontrar um comprador; como agentes imobiliários, temos que fazer parte de todo o processo, corresponder às necessidades do cliente, orientá-lo em decisões do tipo onde ir de seguida, que género de casa comprar, em que região, etc. É ser um parceiro e conselheiro, em simultâneo, do princípio ao fim.”

Lina Lopes é considerada pela revista ‘Long Island Press’ uma das melhores e mais eficazes vendedoras naquela região metropolitana de Nova Iorque

Lina Lopes é considerada pela revista ‘Long Island Press’ uma das melhores e mais eficazes vendedoras naquela região metropolitana de Nova Iorque, só por si um dos mercados mais apetecíveis não apenas do ‘Estado Império’ como do país; “Em 2016, 2017 e 2018, a equipa de Lopes vendeu mais casas do que qualquer outro vendedor em Long Island associado à Douglas Elliman”, escreve a publicação.

A portuguesa movimenta-se profissionalmente numa área geográfica onde o preço médio de uma casa, em 2020, em plena pandemia, chegou a $515 mil dólares, de acordo com a OneKeyMLS, que possui a maior concentração de dados imobiliários em Nova Iorque. Trata-se da primeira vez, em mais de 40 anos, que essa marca supera o meio milhão de dólares em Long Island.

Lina Lopes e a sua equipa de 4 ‘brokers’, convém sublinhar, coleccionam inúmeras outras marcas de excelência: # 1 Team Suffolk County Douglas Elliman Long Island 2019; # 1 Team LI Douglas Elliman 2018; Residential Team of the Year Suffolk County LI Business News 2016; #1 Team Suffolk County by Transactions in 2017, 2018 and 2019; Top Producer Pinnacle Award Recipient e por aí…

🌐DE MORTÁGUA PARA O MUNDO

A trajectória de vida de Lina Lopes é marcada por obstáculos que foi ultrapassando com trabalho, “muito trabalho”, e sacrifícios. Emigrou com cerca de 5 anos de Quilho, Mortágua, para Selden, NY, onde cresceu e fez o ensino secundário no Newfield High School. “Queria muito ser arquitecta para poder trabalhar na firma de construção civil do meu pai”, conta. “No entanto, casei-me muito cedo, tive dois filhos e só completei dois anos de universidade.”

Trabalhava num banco quando uma prima lhe falou num emprego como vendedora de casas. “Era preciso saber falar português”, nota, “e actuar na zona de Farmingville junto da comunidade lusa.” Lopes atirou-se de cabeça ao desafio e em 1990 obtinha as suas licenças para a prática da profissão, começando na então Prudential, hoje Douglas Elliman. O resto é historia…

“Chegar à ‘A List’ é o resultado de muito, muito trabalho”, afirma Lina Lopes. “Nós, os portugueses, somos trabalhadores e devo dizer que muita dessa ética de trabalho herdei dos meus pais. Como agentes imobiliários, não recebemos um salário semanal, mas temos de ter a disciplina de levantar-nos todos os dias, fazer negócios e falar com pelo menos 10 novas pessoas diariamente.”

A portuguesa movimenta-se profissionalmente numa área geográfica onde o preço médio de uma casa, em 2020, em plena pandemia, chegou a $515 mil dólares, de acordo com a OneKeyMLS, que possui a maior concentração de dados imobiliários em Nova Iorque. Trata-se da primeira vez, em mais de 40 anos, que essa marca supera o meio milhão de dólares em Long Island

🌐CLIENTELA PORTUGUESA AINDA REPRESENTA 20% DO SEU PORTFÓLIO

Cerca de 20% da sua clientela ainda é portuguesa, “mas essa margem já foi maior. Hoje, felizmente, já existem vários vendedores a falar português e o mercado está mais equitativo.

O ‘boom’ imobiliário em Long Island, crê, deve estender-se pelo menos até ao verão “e muito provavelmente ir até outono. Ainda há muita gente à procura de casa e a oferta é cada vez menor…”.

Lina lembra que, mesmo no ano atípico de 2020, a sua equipa esteve envolvida em 167 transacções imobiliárias. “Trabalhei durante toda a pandemia, incluindo a mostrar casas virtualmente ao longo de dois meses.”

Reflectindo no que tem sido a sua vida, diz: “Fui mãe solteira durante 15 anos e, apesar da ajuda da minha mãe, que também foi mãe solteira, nem sempre as coisas foram fáceis. Foi a fazer carreira no sector imobiliário, uma actividade por que me apaixonei, que criei os meus filhos e sustentei a família; fez-me crescer como mulher e ser humano. Nunca imaginei, ao emigrar para a América, filha de emigrantes, que um dia iria ver o meu nome nestas listas de vendedores de topo. O que me é mais gratificante, contudo, é saber que tanto os meus filhos como os meus pais se orgulham de mim e daquilo que fui capaz de alcançar com esforço, suor e a colaboração de muita gente.”

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