EX-PRESIDENTE DA FIFA: Mundial de 2022 era para ser nos Estados Unidos

O Mundial 2022 ainda nem sequer começou e já há muitas polémicas a marcar a competição que vai ter lugar no Qatar a partir do próximo dia 20 de Novembro.

Depois de se falar em tragédias na construção dos estádios, com a morte de muitos trabalhadores, ou do conflito entre os interesses da FIFA, a política do Qatar e os Direitos Humanos no que confere, nomeadamente, à questão da homossexualidade, foi a vez de chegar-se à frente Joseph Blatter.

O antigo presidente da FIFA reconheceu o erro ao escolher o Qatar como palco para esta edição atípica do Campeonato do Mundo e mostrou-se arrependido: “Foi uma escolha errada e eu era responsável por isso, como presidente da FIFA, na altura”, confessou à agência suíça ‘Tamedia’.

Blatter revelou ainda que o plano inicial passaria por atribuir a competição aos Estados Unidos, algo que poderia ser visto como um “gesto de paz” numa altura em que há um crescente conflito com a Rússia (país organizador do Mundial 2018 e que invadiu a Ucrânia).

Qatar paga a “espiões”

Entretanto, o jornal britânico ‘The Times’ revelou que 40 adeptos ingleses foram escolhidos para fazer parte de um grupo de 400, oriundos de 60 países, que irão viajar para o Qatar, com o intuito de ‘limpar’ a imagem do Campeonato do Mundo.

Em troca, os “espiões” (nome que lhes é atribuído pela publicação) irão receber bilhetes de avião grátis, estadias em hotéis, ingressos para os jogos e um pagamento diário de 60 libras – 68,5 euros – em cartão de crédito, para gastar em alimentação e bebida.

Os eleitos tiveram de assinar um código de conduta segundo o qual se comprometem a espalhar mensagens positivas sobre o país e sobre a competição durante um período de duas semanas, estando a partida para Doha agendada para o próximo dia 17 de Novembro.

Neste lote encontram-se, ainda, adeptos galeses, franceses, neerlandeses e norte-americanos, embora não esteja, claro está, descartada a possibilidade de elementos oriundos de outros países terem, também eles, aceite o convite lançado pelo governo local.