LUSO-AMERICANA AVA COSTA, ROSTO DO PROJECTO ARTURO HEALING HEARTS

Ava Costa, uma jovem tocadora de violino natural de New Jersey, não é apenas uma musicista talentosa — é também uma visionária que usa a música para transformar vidas. Desde muito cedo, Ava descobriu que o violino era mais do que um instrumento; era uma ponte para tocar a alma das pessoas e criar momentos de esperança e conforto.

Ava Costa apaixonou-se pelo violino na infância

A paixão pelo violino começou na infância, inicialmente focada no domínio das notas e escalas. Contudo, o momento decisivo surgiu quando tocou para outras pessoas pela primeira vez. “Vi como a música mudava a atmosfera, suavizava rostos, aproximava as pessoas”, conta Ava, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO. Foi aí que percebeu que a música podia tocar profundamente os outros e definir quem ela é.

Conciliar a vida escolar, os ensaios da orquestra, a prática individual e as actuações não é tarefa fácil. Para Ava, a prática diária é mais do que preparação para concertos; é um momento de recarga pessoal. A música é o seu refúgio e combustível para lidar com as exigências do dia a dia.

O projecto Arturo Healing Hearts nasceu da experiência voluntária de Ava no Monmouth Medical Center e no Rutgers Cancer Institute. Ao tocar o violino em salas de tratamento e nos corredores do hospital, testemunhou o poder transformador da música: pacientes que sorriam, enfermeiros que paravam para ouvir. “Percebi que a música podia trazer paz em momentos difíceis”, revela. Assim, idealizou uma iniciativa para que outros jovens músicos pudessem também usar o seu talento para confortar quem mais precisa.

O projecto Arturo Healing Hearts nasceu da experiência voluntária de Ava no Monmouth Medical Center e no Rutgers Cancer Institute

A missão da iniciativa é simples: transformar a prática em propósito. O objectivo é levar a música a doentes, familiares e cuidadores, proporcionando-lhes conforto, dignidade e um sentido de ligação humana.

Nos ambientes hospitalares, a música altera o clima, cria presença e suaviza o medo. Ava explica que a música “restaura um sentido de normalidade e beleza, ainda que por poucos minutos”, ajudando a lembrar os doentes e famílias que eles são muito mais do que a doença que enfrentam.

Ava, que tem origens lusas em Trás-os-Montes e Viseu, imagina um futuro em que o Arturo Healing Hearts seja um programa oficial de voluntariado a nível estadual, envolvendo centenas de estudantes. “Quero que mais jovens descubram a alegria de servir os outros através da sua arte”, conclui.

Mais informações em: https://arturohealinghearts.org