LUSO-AMERICANA DE NEW JERSEY CONVOCADA PARA A SELECÇÃO NACIONAL FEMININA SUB-16 DE PORTUGAL
Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO
Deve partir já dia 28 ou 29 deste mês, rumo a Lisboa, a jovem luso-americana Adelaide Paredes, que irá fazer dois jogos amigáveis da Selecção Nacional Feminina de Futebol Sub-16. De acordo com o que o jornal LUSO-AMERICANO pôde apurar, a guarda-redes irá da capital portuguesa para o Algarve, onde integra o grupo das Quinas para um desafio no âmbito da UEFA dia 1 de Fevereiro contra a congénere da Inglaterra e a 7 do mesmo mês frente à selecção da Alemanha.
“É a primeira vez que sou convidada a fazer parte de uma selecção portuguesa”, afirma Adelaide Paredes, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO. “Foi uma treinadora da Federação Portuguesa de Futebol que me descobriu nas redes sociais e me pediu alguns vídeos meus a jogar. Uma semana depois, fizeram-me o convite. É na verdade um grande feito para mim, sobretudo porque toda a vida sonhei com isto e desde os 5 anos que pratico futebol e me preparo para este momento. É gratificante ver todo o meu esforço e dedicação agora darem frutos.”
Filha dos emigrantes Paula Miranda Paredes, natural de Viseu, e Carlos Paredes, de Arcos de Valdevez, Adelaide começou a chutar à bola por influência do irmão Michael no Lar dos Leões de New Jersey, em Newark, “que frequento desde pequena.” Aos 14 anos, juntou-se à equipa da STA Girls Academy, onde ainda se mantém; ao entrar para o Liceu East Side, em Newark, agora no 2.º ano, começou por jogar com rapazes, e a meio-campo, até que o treinador Juan Alvarez a foi buscar para a equipa feminina da escola; ao notar na sua garra, pô-la à baliza.
“Já a conheço há 4 anos”, diz Alvarez, falando à reportagem do jornal LUSO-AMERICANO. “Assim que criámos a equipa de futebol de raparigas, ela logo se destacou; é uma jogadora agressiva, um caso especial de talento. Tenho a certeza de que, um dia, vai jogar ao mais alto nível. Para já, vai no caminho certo.”
No East Side, Adelaide também pratica basquetebol e, apesar de sonhar com uma carreira no desporto, diz que a prioridade é mesmo garantir um curso superior – “como professora ou fisioterapeuta.”
Acrescenta Juan Alvarez: “O nosso objectivo é que o futebol lhe seja uma alavanca para outros sonhos, para entrar na universidade e pagar-lhe o curso.”
Da jovem futebolista, que tem admiração pelo internacional Rui Patrício, o director do Liceu East Side, Mário Santos, diz: “A Adelaide dá-nos muito orgulho em ir jogar por Portugal, mas representa também a nossa escola e o sonho da filha de emigrantes na América para quem o céu é o limite. É a primeira vez que um aluno do East Side representa o liceu numa selecção nacional, pelo que estou muito entusiasmado por ela, que agora abre também portas a jovens de todas as origens.”
