Marcelo homenageia soldado Milhões que serviu na Primeira Guerra Mundial

O Presidente da República homenageou esta 2ª feira, em Valongo de Milhais, Murça, o soldado Milhões, que disse ter sido um “herói único e singular” da Primeira Guerra Mundial e, através dele, homenageou também as Forças Armadas.

“Ele foi um herói único e singular que felizmente foi possível fazer a sua história”, afirmou o Chefe de Estado, que falava durante a inauguração da Casa Museu Soldado Milhões, criado na habitação onde Aníbal Augusto Milhais viveu na aldeia de Valongo que adotou o nome de Milhais em homenagem ao soldado português.

O Comandante Supre-mo das Forças Armadas disse que fez questão de se associar à homenagem, e de, através do soldado herói transmontano, homenagear também as Forças Armadas.

“Muitas vezes nós não somos justos em relação aos nossos heróis, não é só os nossos heróis militares, os heróis todos, não somos, distraímo-nos, mas em relação às Forças Armadas às vezes distraímo-nos na homenagem que lhes prestamos”, salientou.

Aníbal Augusto Milhais foi, salientou, “tão excepcional” que até foi condecorado com a Or-dem Militar de Torre e Espada, a mais importante condecoração portuguesa, “imposta à frente de 15 mil soldados no campo de batalha pelo futuro Marechal Gomes da Costa”.

“Isto é raríssimo”, frisou.

Aos jornalistas, Marcelo precisou que “a história de Portugal tem muitos heróis anónimos” e salientou que Milhões é um herói “de há 100 anos e que ficou na história e é admirado cá dentro e lá fora”.

Milhais, que passou a ser conhecido como Milhões e deu o nome à sua aldeia, foi um soldado raso que combateu na Primeira Guerra Mundial e ganhou fama quando se bateu sozinho contra os alemães para ajudar à retirada das forças aliadas, durante a Batalha de La Lys.